Benfica ganha vantagem
No sempre importante 3º jogo, de uma final disputada à melhor de cinco jogos, o Benfica levou a melhor sobre o FC Porto (67-66), colocando-se em vantagem (2-1) na eliminatória.
Competições
19 MAI 2012
O triunfo encarnado teve como base a forma como defendeu, já que em termos ofensivos comandou sempre o jogo. Os comandados de Carlos Lisboa revelaram disciplina tática para saberem ultrapassar as alternâncias defensivas utilizadas pelo técnico Moncho López, num encontro muito bem disputado, onde a eficácia das duas equipas não foi a melhor. Se bem que se tenha que dar mérito a ambas as formações pela forma como defenderam e lutaram por cada posse de bola.
Começou melhor o Benfica (9-2), num primeiro período que acabaria por ser o mais produtivo de todos (20-17). Moncho López voltava a apostar em diferentes sistemas defensivos de forma a confundir o ataque encarnado, mas com Marcus Norris (15 pontos, 3 assistências, 2 roubos de bola e 2 ressaltos) a comandar muito bem a equipa, e Heshimu Evans (16 pontos, 8 ressaltos, 5 roubos de bola e 1 assistência), MVP do jogo com 24.5 de valorização, a mostrar-se novamente muito eficaz de cada vez que atacava o cesto, o Benfica exibia um rigor ofensivo que transmitia uma enorme estabilidade à equipa.Os portistas, fiéis ao seu plano de jogo, com a sua habitual intensidade defensiva, não se deixavam impressionar com a liderança dos encarnados, e através de alguns contra-ataques e uma boa presença na tabela ofensiva rapidamente fecharam o jogo. O intervalo chegava com os lisboetas na frente do marcador (33-26), se bem que durante os segundos 10 minutos da 1ª parte a qualidade do jogo decaiu, os turnovers sucederam-se, bem como as falhas de lançamentos fáceis próximos do cesto.No recomeço da etapa complementar o Benfica conseguiu fugir no resultado, colocando a diferença pontual na casa das dezenas, mas os dragões, fazendo uso do até então ineficaz tiro de três pontos (2 bombas consecutivas), rapidamente se aproximaram de novo no marcador. Mas apesar de colocar perto no resultado, a verdade é que os azuis e brancos nunca conseguiram ameaçar a liderança dos benfiquistas, principalmente porque contaram com um Ted Scott (14 pontos e 2 roubos de bola) a surgir nos momentos chave e a revelar disciplina tática pouco habitual. Mesmo quando defendido “box and one” o atirador norte-americano soube resistir à tentação de resolver as coisas individualmente, mantendo-se a jogar de forma coletiva e ao serviço dela. O FC Porto não desistia, e mesmo sem estar numa tarde de particular inspiração ofensiva, mérito do adversário, nunca permitiu que Carlos Lisboa pudesse descansar no banco. O final trouxe à memória o final do 2º jogo, com o Benfica a complicar nos instantes finais do jogo, desperdiçando sucessivos lances-livres, ao ponto de permitir que a diferença atingisse a diferença mínima, isto depois de ter estado a vencer por 13 pontos de diferença com pouco mais de 1 minuto para jogar. Esta vitória significa apenas que o título está mais próximo dos encarnados, pois têm a possibilidade de resolver este domingo, em casa, com o apoio dos seus adeptos, esta final, na certeza porém que do outro lado estará um adversário disposto a deixar tudo dentro de campo para levar a decisão do título para o Dragão Caixa.Este jogo marcou os regressos de Stempin e Doliboa em pleno, se bem que a produtividade apresentada pelos dois ainda esteja aquém daquilo que serão capazes de fazer. Pelo que a eventual subida de rendimento de Greg Stempin (5 pontos, 6 ressaltos e 3 assistências) poderá ser uma das chaves do sucesso portista, pois permitirá muitas mais soluções ofensivas, como complicará de sobremaneira as tarefas defensivas dos encarnados. Andrade registou um duplo-duplo (14 pontos e 11 ressaltos) e foi o portista mais valorizado (18).