Carla Nascimento: «Não temos medo»
A Seleção Nacional feminina está a preparar a fase de apuramento para o Europeu, onde vai medir forças com Israel, Hungria, Bielorússia e Ucrânia, com a determinação de fazer boa figura, independentemente do nome e da valia do adversário.
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29 MAI 2012
“Queremos preparar-nos o melhor possível para apresentarmos a nossa melhor versão”, garante a internacional portuguesa, que esta época jogou em Espanha.
Apesar do natural cansaço, os trabalhos da Seleção ajudam a fazer esquecer a desilusão de não ter conseguido a subida à principal Liga espanhola?Os trabalhos da Seleção vêm complementar o trabalho de uma época bastante positiva. Faltou a subida, mas cumprimos plenamente os objetivos que o clube tinha definido para a equipa. Não há nada para esquecer e a palavra desilusão, na minha opinião, não se ajusta aquilo que vivi.Como estão a decorrer os treinos?Os treinos estão a correr bastante bem. Temos um grupo de trabalho espetacular e acho que estamos a corresponder bem às coisas que nos são pedidas.O facto de terem trabalhado a época passada com o atual Selecionador Nacional Ricardo Vasconcelos, facilita preparação deste ano?Ter trabalhado o ano passado com o Ricardo torna a preparação mais fácil. No entanto, o ele é muito exigente e, apesar de haver coisas que já trabalhámos, há muita coisa nova para trabalhar e maus hábitos para corrigir. Sentem-se ansiosas por poderem defrontar algumas das melhores equipas da Europa nesta fase de qualificação?Vai ser um enorme desafio para nós. Sabemos que temos de estar no nosso melhor para podermos bater-nos com as seleções que vamos defrontar. Qualquer jogadora quer jogar no melhor nível possível ao longo da sua carreira e, este apuramento, vai permitir-nos jogar contra seleções muito boas. No entanto, não temos medo. Queremos preparar-nos o melhor possível para apresentarmos a nossa melhor versão.Os jogos de preparação com a Suécia são já esta semana, quinta-feira, as 21.30 horas em Almada, e no dia seguinte às 20.30 horas, no Barreiro. Principais objetivos para estes dois encontros?O tempo de preparação para os jogos oficiais é muito limitado para quem tem de construir uma equipa. Temos aprendido muito a cada sessão de treino e é bom termos estes jogos para podermos pôr uma série de coisas em prática e perceber a que distância estamos de atingir o nível a que queremos estar. Quais julga serem as armas da Seleção portuguesa para conseguir ser competitiva nos jogos de apuramento?Temos de ter raça. Querer chatear, bater e complicar ao máximo a vida das nossas adversárias na defesa. Muitas vezes vão ser mais altas e mais fortes fisicamente, mas nós temos de querer e crer mais do que elas. No ataque, penso que jogando rápido e fazendo boas leituras podemos complicar a vida às nossas adversárias.