Resultado positivo e olhos postos no futuro
A seleção nacional sub-16 regressa da Roménia, trazendo na bagagem um honroso 8º lugar no Europeu do escalão.
30 JUL 2012
Depois de voltar à Divisão B, após subida e manutenção na “A” (2005 e 2006), a equipa tem subido na classificação, ano após ano, tendo conseguido neste campeonato, pela primeira vez, um lugar nos oitavos de final. Um resultado partilhado com Clubes e Associações, conforme refere o selecionador Rui Alves nos detalhes desta notícia.
Que análise faz ao Europeu que agora terminou?A “quente”, só é possível ir aos factos mais objetivos… temos de rever vídeos, analisar com mais profundidade para ter uma opinião mais sustentada… Em termos de classificação, e mesmo isso depende dos adversários e da sua melhor ou pior preparação, foi bom termos oportunidade de entrar nos 8 primeiros lugares, isso proporcionou uma segunda e terceira fases bem mais competitivas. À nossa frente ficaram apenas duas equipas com quem poderíamos competir (Israel e Macedónia) mas atrás ficaram equipas provavelmente mais fortes, como a Holanda ou Bielorússia. Depois de 5 vitórias na fase de grupos, que se passou com a equipa para não conseguir passar às meias-finais?Há aquele ditado que diz que não é possível “enganar” todos durante o tempo todo… jogamos, de facto, com equipas muito mais fortes (Bósnia e Montenegro), com mais soluções, que nem com enorme superação conseguimos ultrapassar… era fácil cair na superficialidade e alegar questões psicológicas ou físicas, mas a verdade, repito ainda sem rever tudo, é que foram problemas de basquete mesmo.A que se deve então este sucesso?Os sucessos e os fracassos derivam sempre de muito fatores. No nosso caso, o que posso relevar foi o trabalho extraordinário, realizado ao longo do ano, no âmbito do plano de contingência de suspensão dos CNT’s Sub16. Com o compromisso das Associações e dos Clubes foi possível concretizar o nosso plano de deteção e observação de talentos espalhados pelo país. As sessões regulares de trabalho técnico, as seleções distritais, o trabalho de campo com 181 jogadores do escalão, a observação dos pontos altos nacionais e associativos, tudo isso fez-nos ganhar muito tempo que veio a tornar-se essencial para o estágio final de preparação. Não é o percurso ideal, mas é o caminho que devemos seguir e intensificar, na minha opinião, claro.E prespetivas para o futuro deste escalão? Um fator a ter em conta é que nestes 12 jogadores, 4 são da geração de 1997, que viveram já uma experiência ótima. Neste europeu, apenas Israel e Suiça apresentaram jogadores com idêntico protagonismo desta geração. Mas sem trabalho regular nada feito… temos de treinar mais e melhor, mais e melhor… Jogadores:Nome-Clube-AssociaçãoBenvindo Mendes – Seixal FC – SetúbalCarlos Salamanca – FC Barreirense – SetúbalDiogo Araújo – Ginásio Figueirense – CoimbraDiogo Brito – CD Póvoa – PortoFrancisco Amiel – BAC – SetúbalJoão Lucas – FC Porto – PortoJoão Neves – SL Benfica – LisboaJoão Oliveira – Vasco da Gama – PortoLuís Câmara – Algés – LisboaRicardo Monteiro – Carnide – LisboaRodrigo Soeiro – AD Ovarense – AveiroSérgio Silva – SL Benfica – LisboaStaff:Vice-Presidente: Vítor FerreiraSeleccionador: Rui AlvesTreinador-Adjunto: Hugo MatosSecretário: Carlos BorgesFisioterapeuta: Guilherme Barreto