Benfica conquista Supertaça
O SL Benfica foi o grande vencedor da XXVIII edição da Supertaça, ao superar a Académica de Coimbra (68-53), em Almada, num jogo em os atuais campeões nacionais estiveram sempre no comando do jogo.
Competições
5 NOV 2012
Excelente réplica da formação de Coimbra, que lutou até onde lhe foi possível. Mas no período em que os encarnados elevaram a sua agressividade defensiva, o plano de jogo do técnico Norberto Alves não foi colocado em prática. Pelo que o ganho de uma vantagem pontual confortável por parte dos benfiquistas deitou por terra o sonho da Académica tentar bater os até agora invictos campeões nacionais.
O Benfica bem cedo começou a dar mostras de querer provar dentro do campo o favoritismo que lhe era atribuído para esta Supertaça. Um parcial de 9-0, favorável aos encarnados, obrigou o treinador Norberto Alves a parar o jogo, bem como a alterar a sua estratégia defensiva. A defesa zona 2×3 da Académica fez baixar a produção ofensiva dos encarnados, isto enquanto o tiro de três pontos era a solução procurada pelo Benfica para ultrapassar a defesa contrária.Assim que os campeões nacionais começaram a penetrar mais em drible, a procurar o seu jogo interior e a conquistar ressaltos ofensivos, a tarefa da Académica voltava a complicar-se. Se bem que, a paciência, a organização ofensiva, a exploração dos bloqueios diretos e o tiro de longa distância mantinham a Académica perto no resultado e na discussão do jogo. Embora o Benfica tivesse terminado na frente a 1ª parte, os instantes finais do primeiro tempo tiveram sinal mais por parte dos estudantes (5-0), que encostavam o resultado a dois pontos (30-32) e deixavam tudo em aberto para a segundo tempo. No arranque da etapa complementar foi visível o aumento da intensidade defensiva por parte do Benfica, a pressionar as linhas de passe, a subir a defesa no campo e, como resultado dessa mudança de atitude, a conseguir contra-ataques de finalização fácil (43-34). Norberto Alves voltava a parar a jogo, pedia aos seus jogadores que baixassem o seu ritmo e controlassem melhor a posse de bola. Mas a eficácia ofensiva dos estudantes já não era a mesma – mérito do adversário -, o número de turnovers aumentava, pelo que se tornava natural a diferença pontual que separava as duas equipas no final do 3º período (53-41).No último período, a questão física começou a revelar-se, já que era expectável que o desgaste nos jogadores da Académica se fizesse sentir, em virtude da quase nula rotação de atletas. As ações ofensivas dos jogadores do Benfica já não tinham o mesmo tipo de oposição, pelo que tornava mais fácil aos encarnados fazer pontos no ataque. Sensivelmente a meio do 4º período, o Benfica quase chegava aos 20 pontos de vantagem (64-46), mas a atitude competitiva da Académica, com três contra-ataques consecutivos, recusava-se a dar o jogo como perdido (64-53). A recuperação da equipa de Coimbra obrigou o técnico Carlos Lisboa a intervir, alertando certamente os seus atletas para o facto de o jogo ainda não ter terminado.Depois de vários minutos sem conseguir fazer pontos, um afundanço de Betinho, a 1.27 minutos do final, colocava um ponto final quanto a quem iria vencer a XXVII edição da Supertaça (68-53).João Betinho Gomes foi distinguido com o prémio de MVP desta final, 25.5 de valorização, não só pelos números conseguidos (17 pontos, 9 ressaltos, 3 roubos de bola, 1 assistência e 1 desarme de lançamento), como também pela espetacularidade das sua ações. O norte-americano Ricky Franklin (20 pontos, 7 assistências, 4 ressaltos, 3 roubos de bola e 1 desarme de lançamento) esteve muito bem na função de 1º base, assim como no tiro de longa distância, ao passo que Cláudio Fonseca (14 pontos e 7 ressaltos) foi a principal referencia no jogo interior do Benfica.O internacional Fernando Sousa (18 pontos e 6 ressaltos) foi um verdadeiro capitão e o rosto da combatividade da equipa de Coimbra, que contou com mão quente, durante a 1ª parte, do atirador João Balseiro (13 pontos, 2 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola).