Houve espetáculo na Luz

Que melhor forma se poderia pedir para começar a final do playoff da LPB? Não faltou, emoção, intensidade, espetáculo, a um jogo decidido no último segundo, e em que o Benfica acabou por sair vencedor (69-67), e assim ganhar vantagem nesta final.

Competições
18 MAI 2013

A qualidade apresentada pela Académica, obrigou os encarnados a ter capacidade de sofrimento, numa final que, a manter-se o nível, prestigiará o basquetebol português.

O primeiro jogo desta final começou com grande intensidade, com as duas equipas a procurarem pressionar sempre a bola, bem como as linhas de passe. A falta de eficácia no tiro exterior obrigou os dois conjuntos a procurarem outras soluções ofensivas, com as penetrações em drible a ser a opção escolhida. Lace Dunn , ao converter 13 dos 15 pontos conseguidos pelo Benfica no 1º período, foi o principal responsável para que os encarnados terminassem empatados a 15 pontos o 1º período.Os dois treinadores começavam a jogar com os seus bancos, com Carlos Lisboa a tentar manter um ritmo elevado no jogo. Mas curiosamente seria a Académica a aproveitar o contra-ataque como arma ofensiva para conseguir cestos fáceis, se bem que na maioria dos casos por distrações defensivas dos jogadores encarnados. Uma sucessão de cestos fáceis desperdiçados pelos conimbricenses foi de imediato aproveitado pelo Benfica para conseguir uma pequena vantagem (29-24) no marcador. Rapidamente se recompôs a Académica, continuando a apostar na opção de jogar com o bloqueio direto, já que defensivamente tentava contrariar a desvantagem de estatura e de peso nas áreas próximas do cesto com sucessivos 2×1, sempre que a bola chegava perto da área restritiva.Os minutos finais da 1ª parte ficaram marcados por jogadas espetaculares, com João Balseiro (19 pontos e 3 roubos de bola) a revelar grande facilidade para criar lançamentos, e Lace Dunn (30 pontos, 5 ressaltos e 2 roubos de bola) a comprovar toda a sua qualidade em jogar 1×1. O intervalo chegava com o marcador a registar nova igualdade, desta vez a 36 pontos.O segundo tempo iniciou-se com os dois jogadores a manterem um manterem um “diálogo” muito particular, já que passavam pelas sua mãos as decisões ofensivas das respetivas equipas. O Benfica defendia melhor os bloqueios na bola, continuava a defender de forma intensa, enquanto que no ataque passava a alternar melhor as penetrações para o cesto, com o tiro exterior. Um triplo de Betinho Gomes (18 pontos e 13 ressaltos) colocava o Benfica na frente pela maior diferença do período (51-44). Os últimos 2 minutos do quarto não foram muito bem jogados, mas ainda assim o Benfica entrava para o derradeiro período a vencer por cinco pontos de vantagem (53-48).O último quarto trouxe de novo a emoção e o equilíbrio na marcha do marcador. Depois do empate a 58 pontos, novo triplo da Académica, colocava a equipa de Coimbra novamente no comando do marcador (61-60). O Benfica respondia com uma presença forte na tabela ofensiva, traduzida em segundos lançamentos fáceis ou conquista de lances-livres, e voltava para a frente do resultado (64-61). Depois de Lace Dunn falhar um lance-livre (67-65), Balseiro não tremia da linha de lance-livre e empatava a 67 pontos, com 6 segundos para o fim. O técnico Carlos Lisboa, após um reposição na linha lateral que em nada resultou, voltava a pedir novo desconto de tempo para desenhar uma última jogada, desta vez na linha final. Com alguma sorte à mistura a bola foi parar às mãos de Betinho Gomes, que a 45º fez o mais indicado e converteu, à tabela, o cesto da vitória.O norte-americano Lace Dunn, MVP do jogo com 34 de valorização, sobretudo através das suas penetrações em drible, foi um autêntico quebra-cabeças para a defesa da Académica. Betinho Gomes, para além dos pontos convertidos, foi preponderante para que o Benfica conseguisse vantagem na luta das tabelas.Na Académica, João Balseiro, e não foi através do tiro exterior, esteve muito bem jogo, bem como Marco Gonçalves (9 pontos, 6 ressaltos e 2 roubos de bola), a sair do banco e a acrescentar muita qualidade ofensiva e defensiva à equipa de Coimbra. Arnett Hallman (11 pontos e 6 ressaltos) foi outro exemplo de entrega total, faltou-lhe apenas ter sido mais eficaz no lançamento.

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18 MAI 2013

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