«Trazer a vitória para Ílhavo»
Depois da experiência de treinar uma equipa no México, e de ter competido na Liga das Américas, o antigo jogador, agora técnico, aceitou o convite do Illiabum para competir na Liga, ou não fosse um dos históricos da modalidade.
Competições | Treinadores
11 OUT 2013
No primeiro encontro do campeonato a formação de Ílhavo mede forças com o Esgueira, fora, e o treinador só pensa no triunfo.
Como decorreu a experiência no México? Excelente período de aprendizagem para mim e uma oportunidade única de poder trabalhar com um treinador que eu considero de nivel mundial, Pep Claros. Durante este processo tive o privilégio de competir na maior competição da América – a Liga Américas – o equivalente à Euroliga aqui na Europa. Fomos a primeira equipa mexicana e única até a data a conseguir ganhar essa competição continental. A final-four foi realizada na Argentina e o jogo decisivo foi exatamente contra uma equipa argentina, orientada pelo atual treinador da Seleção argentina, Julio Llamas, o que veio valorizar ainda mais a nossa conquista. Esta competição tinha sido sempre ganha por equipas argentinas ou brasileiras, que são os países que dominam o basket centro e sul-americano. Tive também a felicidade de ter estado a trabalhar com a Seleção Mexicana no Centrobasket em Porto Rico. Havia o desejo de treinar em Portugal? Ou equacionou quando recebeu o convite do Illiabum? Agradeço a um dos históricos clubes do basquetebol nacional, o Illiabum, por me ter feito o convite de treinar a sua equipa sénior, e foi com muito gosto que o aceitei. Não equacionei este convite porque era meu desejo treinar em Portugal este ano por motivos familiares, e o Illiabum pela proximidade. E como já disse, o facto de ser um clube histórico e ambicioso reunia as condições que eu pretendia. Quais os maiores desafios com que se deparou quando iniciou os treinos no Illiabum?O facto de não ser uma equipa profissional, os períodos de concentração dos jogadores, a velocidade de execução e o facto de uma grande parte do plantel ser Sub-20 e sem experiência competitiva no escalão sénior. Apostou em alguns reforços bem conhecidos e com anos de Liga. Agrada-lhe que a experiência possa ser um fator a favor numa competição como a Proliga? A equipa do Illiabum perdeu 5 jogadores que faziam parte do plantel do ano passado, um deles (Miguel Queiroz) internacional sénior que este ano vai representar o Dragon Force e que vai voltar de certo a ser um jogador referência e dominador nesta Liga. Em contrapartida o clube fez apenas 3 contratações. Todos os outros jogadores já estavam no Illiabum a maior parte deles nos escalões de formação. Não creio que a experiência venha ser um fator a favor para a nossa equipa até porque só temos 4 jogadores ditos “veteranos” – o Jaime Silva, o João Figueiredo, o Mário Gonçalves e o Fernando Martins. Curiosamente o 1º jogo do campeonato vai ser frente ao Esgueira/OLI, clube que vos eliminou do Troféu António Pratas. Num jogo em que faltou exatamente a experiência para gerir uma vantagem. O que falhou nesse jogo? No jogo com o Esgueira a experiência não foi o fator determinante para a nossa derrota. Os erros estão identificados e trabalhámos esta semana para serem corrigidos, no que depender de nós vamos fazer tudo trazer a vitória para Ílhavo.