Ainda não foi desta
Ainda não foi desta que Portugal se estreou a vencer na fase de qualificação para o Eurobasket 2015, uma vez que a equipa nacional foi derrotada, em Nymburk, pela República Checa por 53-89.
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13 AGO 2014
O conjunto português voltou a sentir enormes dificuldades em equilibrar a luta das tabelas, a eficácia ofensiva não foi a desejada, os pontos conseguidos em contra-ataque não foram muitos, e a defesa, desta vez, não foi salvadora.
A prestação defensiva de Portugal nos primeiros três períodos do jogo ficou aquém do que nos habituou, o mesmo será dizer que, a este nível, com as limitações ofensivas que a equipa tem, sofrer 74 pontos, 51 numa parte, em 30 minutos, torna quase impossível que Portugal consiga vencer qualquer jogo nesta fase de apuramento.
O domínio absoluto exibido pela equipa da República Checa na luta do ressalto (52-27), sendo que 15 foram conquistados na tabela portuguesa, traduz-se em maior número de posses de bola e 15 pontos convertidos em segundos lançamentos. Se a isto associarmos os 19 pontos convertidos em contra-ataque, bem como às superiores percentagens de lançamento de campo, fica explicada a clara superioridade demonstrada pelos checos neste encontro.
Apesar de ter estado um pouco melhor da linha de três pontos (31.8%), ainda que sem chegar aos 40% apontados pelo técnico Mário Palma, Portugal sentiu enormes dificuldades em conseguir fazer pontos nas áreas mais próximas do cesto, como comprova a percentagem de lançamentos de curta e média distância registada pelos atletas portugueses (12/41 – 29.3%).
O contra-ataque também não foi uma arma ofensiva utilizada pela equipa portuguesa como forma de contornar estes problemas ofensivos (5 pontos), a que não será alheio o facto de não controlarmos a tabela defensiva.
Portugal ainda foi capaz de equilibrar o jogo até ao inicio do 2º período, altura em que perdia por sete pontos de diferença (23-30), mas os últimos 5 minutos da 1ª parte foram muito penalizadores para os comandados de Mário Palma, que ao intervalo perdiam por vinte pontos de diferença (51-31).
Na etapa complementar, só no último período Portugal se reencontraria e voltava a ter um desempenho mais condizente com as suas características, já que o parcial de 11-15 está mais de acordo com aquilo que a equipa pode e deve conseguir.
O extremo José Silva, com 11 pontos, foi o melhor marcador da equipa, com Pedro Pinto (9 pontos) a ficar muito perto da dezena de pontos.