Arranque com o pé esquerdo
Quando se fala em renovação, falta de competição e experiência internacional isso prende-se com a forma como Portugal começou o apuramento para o Eurobasket 2015.
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10 AGO 2014
A equipa portuguesa acusou a importância do jogo, e o parcial negativo de 5-21 registado nos minutos iniciais comprometeu em definitivo a vitória no jogo (38-58). Apesar da melhoria defensiva na etapa complementar, bem como o melhor desempenho na luta das tabelas, não foram suficientes para anular a diferença pontual, isto porque no ataque Portugal não teve soluções e eficácia para ultrapassar a defesa húngara.
A este nível, frente a equipas fortes com aspirações a uma presença num Campeonato da Europa, começar um jogo dando de avanço quase vinte pontos é quase sentenciar o jogo. O domínio nas tabelas, mais 15 ressaltos, exibido pela Hungria nos primeiros vinte minutos foi determinante para que Portugal tivesse que correr atrás do prejuízo.
Se a isto juntarmos, e não foi por falta de aviso, os 18 pontos conseguidos pelo extremo húngaro Vojvoda durante o 1º tempo, estão encontrados os principais fatores que contribuíram para que Portugal estivesse a perder por vinte um pontos ao intervalo (20-41). Se é verdade que nos primeiros 20 minutos Portugal poderia ter feito melhor nos aspetos defensivos, a eficácia e a sorte em alguns momentos, acompanhou os atiradores húngaros.
No segundo tempo Portugal surgiu muito mais agressivo a defender, a não permitir segundos lançamentos à equipa adversária, o mesmo será dizer a controlar a sua tabela defensiva. A Hungria começava a sentir problemas ofensivos para conseguir pontos, mas apesar de um bom inicio de Portugal, 2 contra-ataques seguidos, os comandados de Mário Palma continuavam a revelar imensas dificuldades para fazer pontos no ataque.
O tempo jogava a favor da equipa que seguia na frente, e muito embora os jogadores portugueses conseguissem controlar o sucesso ofensivo da equipa adversária, a falta de pontos (longos períodos em branco) em nada contribuía para que Portugal fosse capaz de reentrar na discussão do jogo.
Muitas situações de fácil concretização falhadas, turnovers pouco recomendados a este nível, algumas dúvidas na forma como defender bloqueios diretos, problemas em parte explicados pela falta de rotinas de treino uma vez que jogadores-chave foram sujeitos a longas paragens que levaram à perda da sua forma desportiva.
Esta jovem equipa de Portugal vale muito mais do que aquilo que demonstrou neste jogo, assim os jogadores se soltem mais e consigam expressar durante o jogo a sua valia.
O extremo Fábio Lima, autor de 12 pontos, foi o melhor marcador da equipa portuguesa, num encontro em que Arnett Hallman (8 pontos, 9 ressaltos e roubos de bola) foi importante no equilíbrio da luta do ressalto. As percentagens de lançamento de Portugal voltaram a não ser famosas (35.5% de 2 pontos e 19% de 3 pontos), sem que o jogo interior, 7 lances-livres conquistados, tenha sido uma opção ofensiva no ataque nacional.