Jogo exterior será fundamental
O selecionador nacional Mário Palma está confiante que Portugal pode vencer a Hungria, positivismo que se estende frente aos restantes adversários do grupo de apuramento para o Euro'2015.
Competições | Seleções | Treinadores
8 AGO 2014
Mas para que isso se torne realidade, o técnico não esconde que o jogo exterior de Portugal terá de funcionar, o mesmo será dizer que a equipa terá de ser eficaz nos lançamentos de longa distância. A defesa terá de continuar a ser o pilar, se bem que tenha que melhor na transição defensiva, bem como contornar os problemas colocados pelos jogadores interiores de elevada estatura das equipas adversárias.
"Se Portugal tiver boa percentagem de lançamentos triplos, então vamos conseguir discutir os resultados. Vai depender muito disso. O nosso jogo interior, agora com o Cláudio Fonseca [regressado após lesão num joelho], vai melhorar, mas não é suficiente para enfrentar equipas que são muito mais altas e muito mais poderosas do que nós", disse à agência Lusa Mário Palma.
Portugal defronta este domingo, em Sines, às 19.30 horas, a Hungria, o primeiro de três jogos em Portugal, sendo que os outros dois serão disputados em Ovar, dia 17 de Agosto, diante da Georgia, e o último frente a República Checa, a 24 de Agosto no Pavilhão Multiusos de Gondomar.
Começar a vencer nesta fase seria um estímulo muito importante para uma equipa em renovação, em que a grande maioria dos atletas não tem grande experiência de competição internacional. "É muito importante para nós, é o primeiro. Quanto às duas outras equipas, vai ser muito mais complicado: tanto a Geórgia, como a República Checa são equipas muito fortes. Vão ser muito difíceis de bater. Espero que a equipa, pelo menos em casa, consiga jogar de igual para igual e ganhar esses jogos, mas há uma diferença muito grande", salientou o selecionador.
Os resultados obtidos no último torneio disputado na Polónia não são grandes indicadores, se bem que o facto de não poder ter contado com o habitual poste da equipa teve muitas implicações na forma como a equipa se apresentou. "Nós na Polónia tivemos o problema de não ter um '5' [um poste] e isto teve uma influência muito grande, porque jogámos contra jogadores de 2,20 metros, 2,18 e 2,14 e assim é muito difícil. Agora com o Cláudio [2,08 metros], apesar de ter estado 15 dias parado, acredito que a seleção pode e deve dar uma resposta muito mais positiva perto da área do cesto", explicou o técnico.
Para Mário Palma, o jogo de Portugal terá de assentar defesa agressiva, no domínio da tabela defensiva e numa transição defensiva rápida, evitando contra-ataques. "No último torneio defendemos bem, mas em relação à transição defensiva já não fomos tão eficientes. Não conseguimos ganhar tantos ressaltos defensivos como gostaríamos e sofremos pontos em contra-ataque, que é uma coisa que temos de melhorar esta semana".
No ataque, as percentagens de lançamento terão se ser mais altas, já que são quase nulas as referências interiores no conjunto nacional . "Na Polónia tivemos uma percentagem de lançamento muito má. E claro, não tendo jogo interior, somos obrigados a lançar muito longe do cesto e a nossa percentagem baixa. No último jogo [contra o Irão] a nossa percentagem foi muito baixa, 26 ou 27 por cento, falhámos 48 lançamentos", explicou Mário Palma.
Portugal venceu a Hungria (76-70) em finais de Julho (no torneio de Oberwart), facto que o selecionador desvaloriza, preferindo destacar a "grande qualidade" dos atiradores húngaros. "A Hungria tem o número 7 [Krisztian Wittman] e o número 9 [David Vojvoda], jogadores com uma grande capacidade de lançamento exterior e rápidos. Temos de ter muito cuidado com o jogo exterior da Hungria, porque eles têm jogadores que lançam com muita qualidade: lançam no bloqueio, lançam de três pontos no contra-ataque, penetram. São jogadores com grande qualidade e vamos ter de defendê-los muito bem", sublinhou