Portugal termina Europeu com vitória
Depois de dois resultados negativos afigurava-se complicada a tarefa de Portugal frente à Hungria.
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3 AGO 2014
Até porque tratava-se de um adversário a quem os jovens portugueses tinham vencido dias atrás, e a equipa estava muito condicionada na sua habitual rotação. O triunfo por 68-64 surgiu como resultado de uma excelente atitude da equipa na 2ª parte, que mostrou caráter e ambição para terminar este Europeu de Sófia, na Bulgária, de uma forma positiva e com a melhor classificação possível. Parabéns a todo o grupo de trabalho pelas fantásticas prestações que proporcionou, bem como pela forma como dignificou e demonstrou que se trabalha bem na formação em Portugal.
Ambos os conjuntos sabiam que esta seria a última oportunidade para se despedirem deste Europeu em grande. Melhor sorte teve o coletivo luso. Num jogo nem sempre bem jogado, marcado pelo visível cansaço nas duas equipas, o que de certa forma explica a fraca eficácia de ambas.
Sem poder contar com as prestações de Sérgio Silva e Diogo Araújo, indisponíveis por lesão, o coletivo magiar demonstrou sempre vontade de vingar o resultado de há 3 dias.
No primeiro quarto, nenhuma das equipas se superiorizou com clareza, apesar de os comandados de Carlos Seixas terem terminado este quarto a vencer por 11-10. Vendo-se privado de Daniel Relvão, que muito cedo fez a sua segunda falta, o conjunto das quinas começou a evidenciar alguma dificuldade em conter o jogo interior húngaro.
Os húngaros eram mais eficientes a explorar as penetrações em drible, já a equipa portuguesa não conseguiu explorar com eficácia as situações de miss-match que iam sucedendo durante as suas movimentações ofensivas. O insucesso atacante refletia-se na forma como a equipa recuperava defensivamente, sendo que o contra-ataque foi uma arma muito bem explorada pela Hungria durante os primeiros 20 minutos. Ao intervalo Portugal perdia 26-35, com o primeiro tempo a terminar com o adversário na mó de cima.
Com a vinda ao balneário, o conjunto das quinas entrou em campo com renovada vontade de vencer e não deixar apagar a boa imagem deixada na primeira fase da competição. Com maior discernimento na hora de lançar ao cesto, com uma excelente atitude defensiva, e bem liderado pelo base Pedro Oliveira, rapidamente deu a volta ao resultado para não mais voltar a perder a liderança até ao final do jogo. Portugal terminou este quarto a vencer por 48-46.
No derradeiro quarto, a equipa nacional continuou a saber explorar as trocas defensivas retirando vantagem nas áreas próximas do cesto, com destaque para as ações individuais de Miguel Ferrão, criando muitos problemas à estratégia defensiva húngara. Daniel Relvão voltou a ser enorme nas áreas próximas do cesto, a que juntou uma enorme eficácia no tiro exterior sempre que lhe deram espaço.
O final do jogo poderia e deveria ter sido bem mais tranquilo, sobretudo pelo facto de Portugal não ter conseguido controlar a tabela defensiva, bem como não ter estado concentrado para cumprir com as indicações vindas do banco para os instantes finais do encontro.
Destaque para a exibição de Pedro Oliveira (16 pontos, 7 assistências e 7 roubos de bola).
Também jogaram por Portugal:
João Oliveira (2pts)
Francisco Amiel (5 ass, 4 rb, 3 pts)
Luís Câmara (6pts, 7 ress)
Miguel Ferrão (8pts, 4ress)
Diogo Brito (10pts, 4 ress)
Ricardo Monteiro (3pts)
João Lucas (9pts)
Daniel Relvão (11pts, 5ress, 3dl)
Carlos Salamanca
Portugal termina assim o Europeu em 7º lugar, igualando o resultado obtido na categoria em 2008. De registar a excelente prestação do colectivo luso neste Europeu, com um saldo bastante positivo de 6 vitórias e três derrotas.
Exceção feita ao jogo da Eslovénia, onde as próprias condicionantes do jogo, levaram a que gestão dos atletas fosse pensada de uma forma diferente, Portugal conseguiu ser competitivo em todos os encontros, tendo ficado a poucos minutos de uma presença numa meia-final.
Se no ano anterior se sentiu que a equipa estava cada vez mais próxima dos oito primeiros, desta vez fica a sensação que cada vez menos existem equipas contra as quais não conseguimos competir ou discutir o resultado.