Vitória categórica

A nova temporada começou exatamente da forma que terminou a anterior, com o SL Benfica a vencer títulos.

Competições | FPB
27 SET 2015

Ao bater a UD Oliveirense, por 76-48, os encarnados conquistaram mais um Troféu António Pratas, dando continuidade ao seu ciclo de provas conquistadas. A Oliveirense pagou caro a fatura de ter começado mal o 2º tempo, já que ao permitir que os atuais campeões nacionais aumentassem para vinte pontos a diferença pontual comprometeu em definitivo a conquista do troféu. Não merece contestação a vitória do Benfica, diante um adversário com pouco tempo de trabalho, e que nesta fase não tinha condições para contrariar as rotinas e a qualidade exibida pela equipa encarnada.

 

O SL Benfica mostrou desde o inicio do jogo que vinha com a lição muito bem estudada, fazendo do jogo interior a sua principal arma ofensiva. A Oliveirense começou a sentir problemas em controlar a sua tabela defensiva, a permitir segundos lançamentos, ou então ser castigada com lances-livres. E bastaram duas situações de contra-ataque bem aproveitadas pelos encarnados para que os campeões nacionais fugissem no resultado (15-4).

 

A Oliveirense dava-se mal com as sucessivas trocas defensivas, ou 2×1 no jogador com bola, por parte dos jogadores do Benfica, sobretudo porque o tiro de longa distância não entrava. Mas assim que os triplos começaram a cair, e foram dois consecutivos, o jogo equilibrou-se, mas sempre com o Benfica na frente (17-10). Os comandados de Carlos Lisboa mostravam-se mais eficazes ofensivamente, sobretudo porque eram mais pacientes e experientes a explorar as vantagens que tinham no ataque, e não mais perderam o controlo da marcha do marcador.

 

Do outro lado, a Oliveirense nem sempre soube procurar a melhor solução coletiva, dando azo a que sofresse alguns contra-ataques. Mas sempre que o conseguiu, através da circulação rápida da bola no ataque e penetrações, muito mérito para o seu base João Abreu, a Oliveirense conseguia equilibrar o jogo, e mostrava-se mais preparada para tentar parar o ataque encarnado. O intervalo chegava com o Benfica na frente por treze pontos de diferença (43-30), um resultado que deixava em aberto o jogo para a 2ª parte.

 

Muito mérito para o Benfica como foi capaz de tirar do jogo o norte-americano Ellisor (1ª parte em branco), retirando criatividade ao ataque da Oliveirense, tornando-o mais previsível e com menos soluções. Disso mesmo se ressentiu no recomeço da etapa complementar, já que esteve mais de 7 minutos sem fazer pontos, aproveitando o Benfica, mesmo sem estar igualmente bem no capitulo ofensivo, para se afastar ainda mais no marcador (52-30). No final do 3º período, os encarnados dispunham de uma vantagem de vinte pontos (57-37), e começava a desenhar-se a vitória da equipa orientada por Carlos Lisboa.

 

No último quarto, o conjunto de Oliveira de Azeméis continuou a revelar muitos problemas em acertar com o cesto, isto apesar da melhoria ofensiva, traduzida na criação de boas situações de tiro. Mas o Benfica não diminuiu a sua intensidade defensiva, obrigou a Oliveirense a cometer muitos erros, sobretudo na forma como atacou os bloqueios na bola e fechou as linhas de primeiro passe. Os dois treinadores aproveitaram para dar minutos a todos os jogadores, com o resultado final a fixar-se em 76-48 favorável ao SL Benfica.

 

O norte-americano Jeremiah Wilson (19 pontos e 13 ressaltos), com toda a sua versatilidade, atleticismo e qualidade ofensiva, confirmou que é um excelente reforço para o atual campeão nacional, bem acompanhado por Tomás Barroso, João Soares e Carlos Andrade, todos autores de 10 pontos.

 

O capitão João Abreu (9 pontos e 4 ressaltos), enquanto teve capacidade, foi o elemento desequilibrador no ataque da Oliveirense, não tendo contado nesta final com a habitual criatividade de James Ellisor (6 pontos, 6 ressaltos e 4 assistências).

 

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27 SET 2015

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