Poderia ter sido diferente..

Não foi a estreia ambicionada, e muito menos o resultado desejado no jogo de estreia do SL Benfica no Grupo B da Fiba Europe Cup, com os encarnados a serem derrotados, em casa, diante do Cibona Zagreb por 79-83.

Competições
29 OUT 2015

Se durante a 1ª parte os benfiquistas estiveram por cima no jogo, valendo-se do seu bom desempenho ofensivo, na etapa complementar os comandados de Carlos Lisboa sentiram mais dificuldades. Não só porque tiveram que lidar com a qualidade e a inspiração individual do norte-americano James Florence, como também com algumas más tomadas de decisão no ataque e lapsos defensivos, nomeadamente no ressalto defensivo. Certamente que no final do jogo, atletas e equipa técnica sentiram que poderiam ter feito mais e melhor, se bem que a entrega e o desejo de estivesse lá sempre.

 

Os encarnados entraram bem no jogo, sete pontos sem resposta, uma margem que lhes permitiu gerir o encontro até ao empate a 14 pontos. O Cibona chegou mesmo a conseguir dar a volta ao marcador (17-14), mas um triplo de Tomás Barroso sobre a buzina colocava novamente o Benfica na frente (24-21).

 

Ofensivamente o campeão nacional ia encontrando soluções para somar pontos, pelo que naturalmente se mantinha na discussão do jogo. Depois de várias alternâncias no comando do marcador, novo triplo de Daequan Cook dava o mote para que fosse o Benfica a terminar melhor a 1ª parte. Os encarnados recolhiam aos balneários com uma vantagem de seis pontos (40-34), e parecia ter o jogo controlado.

 

O 3º período foi completamente dominado pelo base James Florence, sendo sempre um quebra cabeças para a defesa benfiquista. O Benfica não conseguia ter tanto sucesso com a sua defesa zona, ainda que a quatro minutos do final período estivesse empatado a 51 pontos. Mas o espetáculo James Florence não parava, e por muito que o Benfica lutasse, que o fez, a inspiração do norte-americano fazia mossa na moral encarnada (55-62).

 

Carlos Lisboa continuava a apostar na sua defesa zona, mas muito mérito para o adversário na forma como circulava a bola e fazia chegar ao interior da zona. A diferença chegou a ser de nove pontos (69-60), nada que fizesse desanimar ou desistir a equipa benfiquista. Apoiados pelo seu público e percebendo que o jogo lhes fugia, os campeões nacionais reagiram como lhes era exigido, e a minutos do final já só perdiam por três pontos (70-73). Seguiu-se então o período mais negro do Benfica, com más decisões ofensivas, traduzidas em turnovers, como na defesa os ressaltos defensivos e os segundos lançamentos castigaram a equipa com um parcial negativo de 7-0. Faltavam dois minutos para o final, sendo que a eficácia revelada da linha de lance-livre, não falhou nenhum dos sete a que teve direito, hipotecou a possibilidade de o Benfica regressar ao jogo.

 

A maior eficácia dos croatas nos lançamentos de curta e média distância (62.1% vs 50%) acabou por fazer a diferença, se bem que as individualidades tiveram igualmente a sua quota parte de responsabilidade no desfecho do jogo. E aí, Cook esteve longe do que já o vimos fazer, mas mesmo assim contabilizou 19 pontos e 7 ressaltos. Destaque ainda para o duo composto por Carlos Andrade (12 pontos, 4 ressaltos, 3 assistências e 3 roubos de bola) e Cláudio Fonseca (13 pontos e 6 ressaltos), e para Jeremiah Wilson (10 pontos e 7 ressaltos), que passou um pouco ao lado do jogo, mas não por culpa própria…

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29 OUT 2015

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