FC Porto cede na Eslovénia

Num jogo marcado pelo elevado número de triplos convertidos, 19 no total, o FC Porto teve o mérito de, em várias fases do jogo, ter sido capaz de correr atrás do prejuízo.

Competições
28 OUT 2015

A derrota por 62-70, ficou sobretudo a dever-se à falta de eficácia da equipa portista no último período do jogo, facto bem aproveitado pelo KRKA para construir uma vantagem pontual que lhe garantiu a vitória neste jogo de estreia do Grupo G da Fiba Euro Cup. Os comandados de Moncho López entraram no derradeiro quarto a perder por três, pena foi que os triplos e as perdas de posse de bola sem lançamento tivessem feito parte do jogo do FC Porto nos momentos de decisão. Uma estreia promissora, em que a equipa portista deixou uma imagem muito positiva do basquetebol português.

 

O FC Porto abordou muito bem a estreia na competição, não revelou nervosismo ou ansiedade neste seu primeiro jogo, e a prova disso mesmo é que a meio do quarto já tinha dobrado a marcação do seu adversário (8-4). O lançamento de longa distância não caía (um triplo apenas marcado em seis tentativas), mas valia a boa presença dos portistas no ressalto ofensivo, 4 neste período, que lhes permitia ter mais lançamentos e oportunidades para somar pontos. O KRKA ainda conseguiu dar a volta ao marcador, mas seriam os dragões a terminar na frente o 1º período (17-15), tirando partido da exploração do contra-ataque (7 pontos).
 
Voltou entrar melhor a formação portista (19-15), mas um triplo de Sinovec deu o mote para a cambalhota no comando. Os triplos começaram a ser um problema para a defesa portista, que após dois consecutivos viam os eslovenos fugir um pouco no resultado (28-21) a meio do período. Contrariamente ao que tinha sucedido nos primeiros 10 minutos, os azuis e brancos começaram a cometer demasiados turnovers, algo que lhes retirou eficácia ofensiva, até porque as percentagens de lançamento também não ajudavam. Valia a boa defesa do FC Porto, e a linha de lance-livre (4 consecutivos) para manterem o jogo fechado (28-25). Mas seriam novamente as bombas (3) dos eslovenos a fazerem disparar o resultado (37-25), uma eficácia que contrastava com a falta de inspiração dos dragões da linha de três pontos (1/9 – 11% vs 6/9 – 66.7%). Já dentro do último minuto da 1ª parte, José Silva e André Bessa finalmente acertaram da linha dos 6.75 metros e encostaram o resultado antes das duas equipas recolherem para intervalo (37-31).
 
A 2ª parte abriu com os triplos a sucederem-se nas duas tabelas, e seriam dois da autoria de Pedro Bastos que aproximavam ainda mais o FC Porto no resultado (42-37). O KRKA continuava a mostrar-se temível nos tiros de três pontos, mas o jovem Pedro Bastos (4/5 – 16 pontos) respondia na mesma moeda, mantendo a diferença pontual inalterável (47-42). Na parte final do quarto, os azuis e brancos reduziram para três a diferença (44-47), mas novo triplo do KRKA deu inicio a um parcial de 7-0, ficando a faltar 2 minutos para serem jogados (54-44). O jogo continuava louco, e sobretudo a ser resolvido no lançamento de longa distância, arma novamente utilizada pelos portistas, mais dois, para voltar a reduzir distâncias (54-50). O 3º período chegava ao fim, com a equipa portuguesa, embora a perder, a ter o jogo perfeitamente em aberto (54-51).
 
O FC Porto entrou mal no derradeiro quarto, cinco pontos sem resposta (2+3), e converteu apenas dois pontos nos primeiros 7 minutos do período (63-53). Repetiram-se algumas situações de perda de bola sem lançamento, a pontaria dos atiradores nesta fase também não foi a melhor, aproveitando o KRKA para construir uma margem pontual passível de ser gerida. Novo triplo de Kastrati (5/7) a 1.48 minutos do final sentenciava o jogo a favor dos eslovenos (66-55).
 
O grande destaque individual vai para a exibição personalizada de Pedro Bastos (18 pontos, 3 assistências e 2 ressaltos), que com vários triplos importantes deu o mote para várias recuperações pontuais. Coletivamente o FC Porto esteve muito bem na luta das tabela (37-33), tendo mesmo conquistado 19 ofensivos. A diferença neste encontro esteve nas percentagens de lançamento e no número de assistências (25 vs 9), duas áreas favoráveis aos eslovenos.
 
No outro jogo do Grupo G, o Fraport Skyliners bateu o Edge Out ZZ Leiden por 63-58, num jogo em que os alemães comandaram sempre a marcha do marcador, nunca por mais de 9 pontos, mas que seria apenas decidido nos dois minutos finais.
 
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28 OUT 2015

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