Focadas na Hungria

A seleção feminina já está novamente a trabalhar, em Ílhavo, para receber esta quarta-feira, a Hungria, naquele que será o seu jogo de estreia, em casa, nesta fase de qualificação para o próximo Eurobasket feminino.

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24 NOV 2015

Depois do desaire na Eslováquia, Ricardo Vasconcelos quer melhorar alguns aspetos do jogo, corrigir alguns erros e preparar a equipa da melhor forma possível para condicionar os pontos fortes das húngaras. Portugal tem que ser capaz de contornar a desvantagem de estatura, bem como a trabalhar taticamente de forma a conseguir ter sucesso nas suas movimentações ofensivas face ao poder de intimidação do adversário.

 

A seleção nacional terá pela frente o problema da desvantagem de estatura, algo que é explorado pela Hungria na forma como ataca, bem como na forma como defende e protege o seu cesto. “Vamos encontrar uma equipa que joga com muitos bloqueios cegos para tirar vantagens das postes que tem. O jogo interior caraterizado por jogadoras muito altas, de bons argumentos técnicos, quer de costas quer de frente para o cesto. As dimensões das envergaduras fazem com que as percentagens dos adversários baixem muito perto do cesto.”

 

Não é novidade para Portugal ter que contornar este handicap, pelo que não surpreende que Ricardo Vasconcelos esteja a treinar a equipa de modo a que esta possa ter as rotinas e a disciplina tática para não perder eficácia ofensiva. “Vai-nos obrigar a jogar com bom spacing (velocidade no movimento sem bola) e muito ritmo de passe, para castigar as ajudas profundas das postes húngaras.”

 

Mas mais importante que as questões táticas, esquemas ofensivos, regras do ataque, as atletas nacionais estão “obrigadas” a colocara a bola dentro do cesto. Isso no ataque, porque na defesa, o selecionador aponta como proibitivo permitir segundos lançamentos e mais posses de bola à Hungria. “É essencial melhorar a eficácia dos lançamentos de 3 pontos e reduzir o numero de ressaltos ofensivos ganhos pelo adversário (em relação ao jogo na Eslováquia).”

 

Contrariamente ao que sucedeu a Portugal, a Hungria estreou-se neste Grupo E com um triunfo caseiro diante da Islândia, e por números concludentes (72-50). A defesa húngara condicionou o ataque islandês a uma percentagem de 27.3% de lançamentos de campo, e teve em Tijana Krivacevic a sua melhor marcadora (27 pontos e 5 ressaltos), bem secundada pela base da equipa Zsofia Fegyverneky (13 pontos, 7 ressaltos e 5 assistências) e outra poste da equipa, Bernadett Hatar, autora de 10 pontos e 4 ressaltos.

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24 NOV 2015

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