Sportiva cede em França

A 1ª mão da eliminatória do União Sportiva frente ao Angers não foi favorável à equipa açoriana - desaire por 58-72 - embora esteja ainda tudo em aberto para o jogo daqui a uma semana que irá ser disputado na ilha de S.

Competições
7 JAN 2016

Miguel. Não será seguramente tarefa fácil para as campeãs nacionais, que já nos habituou ao longo desta competição a conseguir aquilo em que poucos acreditariam. A formação insular esteve infeliz a lançar ao cesto, o jogo exterior praticamente não funcionou e a pretensão de jogar sempre num ritmo elevado nem sempre foi conseguido pelas comandadas de Ricardo Botelho. Resta confiar e ficar a torcer para que a 2ª mão proporcione um jogo em que o Sportiva se aproxime da perfeição, criando condições para que esta desvantagem pontual possa ser anulada.

 

O jogo começou a bom ritmo com os pontos a sucederem-se para ambos os lados. No final do 1º período registava-se um empate a 18 pontos, com as açorianas a conseguirem por duas vezes encostar no marcador.

 

Mas nos primeiros 20 minutos a formação da casa aproveitou muito bem os erros (9 turnovers) cometidos pelo Sportiva (10 pontos), esteve mais agressiva em termos ofensivos, converteu os 12 lances-livres de que dispôs e beneficiou de uma maior rotatividade do banco e dos seus contributos (21 pontos).

 

Se ao intervalo as duas equipas se equivaliam nas percentagens de lançamento (36%), o União Sportiva já dava mostras de pouca inspiração da linha de três pontos (2/8 – 25%), e sentia dificuldades para somar pontos em situações de contra-ataque (7 pontos). Pese embora as prestações positivas de Shaqwedia Wallace (11 pontos) e Ashley Bruner (9 pontos e 7 ressaltos) a formação portuguesa recolheu aos balneários a perder por nove pontos (27-36).

 

O recomeço da etapa complementar foi favorável ao Angers, com a vantagem pontual a chegar aos vinte pontos (35-55). Mas a boa reação das campeãs nacionais nos últimos minutos do 3º período reduziu a diferença para quinze pontos (42-57). O Sportiva no 2º tempo abdicou dos lançamentos da linha de três pontos (lançou apenas 1 e falhou), equilibrou o jogo no pintado (22 pontos para cada lado) e pena foi que não tivesse tirado maior partido dos 10 ressaltos ofensivos e das idas para a linha de lance-livre (16/25 – 64%).

 

O conjunto açoriano tem margem para melhorar no segundo jogo, nomeadamente se se mostrar mostrar mais coletivo no ataque (7 vs 24 assistências), se subir a percentagem de lançamento (19/57 – 33%) e se tentar envolver mais jogadoras na marcação de pontos (0 vs 34 pontos do banco).

 

A norte-americana Ashley Bruner voltou a ser preponderante nos dois lados do campo (20 pontos, 15 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola) e a sua compatriota Shaqwedia Wallace (15 pontos, 8 ressaltos e 2 assistências) esteve mais discreta durante a 2ª parte. Milica Ivanovic (17 pontos e 4 ressaltos) assumiu a responsabilidade de muitos lançamentos, ainda que não tenha estado particularmente com a mão quente. A dupla formada por Felicite Mendes (2 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências) e Tamara Milovac (4 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências) guardou-se para a 2ª mão, pois já provaram a importância que têm tido nesta caminhada fantástica na Eurocup Feminina.

 

Felicite Mendes

"O que ditou a nossa derrota foi não iniciarmos o jogo com a mesma vontade que nos outros jogos, não entrámos "a matar". Elas estudaram bem o nosso jogo, viram quais eram os nossos pontos fortes e fracos e tiraram vantagem. Isto na primeira parte. O facto dos nossos lançamentos não estarem a entrar, prejudicou-nos bastante. Na segunda parte, ainda tivemos uma altura em que conseguimos reduzir a desvantagem, mas o facto de não termos rotação prejudicou-nos porque elas mantinham o mesmo ritmo com jogadoras do banco. Temos que preparar bastante o próximo jogo se queremos virar a vantagem de 14 pontos.

Competições
7 JAN 2016

Mais Notícias