FC Porto vence clássico

O ano de 2016 trouxe mais equilíbrio e emoção à Liga Portuguesa de Basquetebol, isto depois de o FC Porto ter colocado fim à invencibilidade do SL Benfica na fase regular da competição.

Competições
3 JAN 2016

A vitória portista, por 81-62, traduz o melhor desempenho defensivo dos azuis e brancos, a forçarem os encarnados a cometerem muitos turnovers, para depois somarem pontos fáceis em situações de superioridade numérica. Os primeiros minutos do derradeiro quarto foram determinantes para o desnível registado no resultado final, se bem que o FC Porto se tenha mostrado sempre superior, acabando por matar o jogo no momento certo.

 

Entrou melhor no jogo a equipa do FC Porto, a mostrar-se mais agressiva nas tarefas defensivas, e no ataque a beneficiar da pontaria de Pedro Bastos, que com dois triplos nos primeiros minutos colocou os dragões na frente do marcador por 8-2. Os encarnados não se mostravam particularmente inspirados nos tiros de longa distância e Ivica Radic era a solução atacante mais fiável, embora se mostrasse mais efetivo nas áreas próximas do cesto. Os benfiquistas não cuidaram bem da posse de bola, 7 turnovers no período, situação bem aproveitada pelos azuis e brancos para somarem pontos fáceis dos erros do seu adversário (11 pontos), que assim terminaram na frente os primeiros 10 minutos (18-12).

 

No 2º quarto, a equipa do Benfica beneficiou, e muito, da entrada de Fred Gentry, não apenas pelos pontos que somou (11), mas também pela presença na luta das tabelas (20 vs 13), sobretudo na ofensiva. Wilson, com um triplo, os seus primeiros pontos do encontro, reduzia a diferença para 1 a meio do quarto (24-25), mas o FC Porto nos instantes finais do 1º tempo, um pouco à imagem do que sucedeu durante toda a 1ª parte, tirou partido do facto de ter aumentado o ritmo o jogo. Os dragões fugiram um pouco no resultado (35-30), beneficiando do facto de terem apenas perdido 4 bolas sem lançamento e dos 19 pontos vindos do banco, resultantes da habitual rotação de jogadores promovida pelo técnico Moncho López.

 

O recomeço da etapa complementar voltou a mostrar um FC Porto mais intenso e empenhado nas tarefas defensivas, a equilibrar a luta das tabelas (34 vs 32 ressaltos), obrigando os jogadores do Benfica a cometer erros no ataque. Os azuis e brancos voltaram a mostrar-se muito eficientes a capitalizar em pontos os turnovers do adversário, atingindo a marca dos dez pontos de diferença a meio do período (46-36). Carlos Lisboa promoveu algumas alterações na equipa, que resultaram com pontos, aposta numa equipa mais baixa e móvel, e o Benfica melhorou de rendimento, reduzindo para três a diferença (46-49). E seria essa a diferença com que se chegaria ao final do 3º período (54-51), com o FC Porto a ceder no comando do encontro.

 

Os dragões recuperaram a sua intensidade defensiva no início do 4º período, voltaram a forçar o Benfica a cometer perdas de bola no ataque, somaram mais pontos em situações de contra-ataque e, com um parcial de 16-0, dispararam no resultado (70-51). O Benfica esteve mais de cinco minutos sem somar qualquer ponto, mérito na forma como o FC Porto parou e condicionou as movimentações ofensivas encarnadas, embora da parte dos comandados de Carlos Lisboa a disciplina, rigor e agressividade ofensiva apresentada pudesse ter sido bem melhor. Até final, a superioridade do FC Porto não mais foi questionada, acabando por ser um final de jogo tranquilo para a formação da casa.

 

O jovem Pedro Bastos acabou por ser o melhor marcador do FC Porto com 18 pontos, seguido depois de Miguel Queiroz (15 pontos, 4 ressaltos e 3 roubos de bola) que revelou uma grande eficácia a lançar ao cesto. Arnett Hallman, autor de 10 pontos e 5 ressaltos, acabou por ser mais uma preciosa ajuda que saltou do banco.

 

Apesar do seu desaparecimento no 2º tempo, Ivica Radic foi o jogador do Benfica que mais pontos somou (15 pontos e 5 ressaltos), seguido de perto por Carlos Andrade (13 pontos e 5 ressaltos) e Fred Gentry (13 pontos e 4 ressaltos).

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3 JAN 2016

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