Ovarense manda em casa

Os vareiros continuam sem perder em Ovar frente ao FC Porto, triunfo este domingo por 69-64, comprovando que os azuis e brancos não se encaixam com a formação da Ovarense. O jogo esteve em aberto até ao último minuto, mas o comportamento das equipas da linha de lance-livre acabou por fazer cair o jogo para o lado da formação da casa.

Começou melhor a equipa da casa, com o FC Porto a revelar muitos problemas para ter sucesso ofensivo e somar pontos. A meio do período os vareiros venciam por 10-2, valeu o maior acerto dos dragões nos últimos minutos do quarto para reduzir a diferença para nove pontos (17-8).

A capacidade ofensiva dos dragões normalizou no 2º período (20 pontos), que cedo deu sinais (5 pontos consecutivos) que queria mudar o desenrolar do jogo. Apesar das melhorias do adversário, a Ovarense mantinha-se na frente em tempo de descanso (32-28).

O descanso fez melhor à equipa da casa, já que voltou a mostrar-se superior no recomeço da etapa complementar. Já perto do final do 3º período os vareiros chegaram à vantagem máxima (51-39), valeu um triplo DeVries em cima da buzina para amenizar o prejuízo (45-53).

Os azuis e brancos começaram muito bem o derradeiro quarto, e em pouco mais de um minuto já só perdiam por dois pontos (51-53). Um triplo de Pedro Bastos, a 6 minutos do final, colocava o FC Porto no comando do jogo (56-54), nada que retirasse coesão e disciplina tática à equipa de Ovar. Seguiram-se minutos de equilíbrio, com as duas equipas a trocarem cestos, e a 3.35 minutos do fim voltava tudo à estaca zero (60-60).

Novo empate a 1.29 do fim (64-64), desfeito por Jo Harris (66-64), com Brad Tinsley a desperdiçar dois lances-livres numa altura proibitiva (46 segundos). José Barbosa, ao converter um de dois lances-livres, aumentou a diferença para três (67-64), sendo que o FC Porto dispôs de duas tentativas de três pontos na última posse de bola para empatar o encontro. Barber fixou o resultado final da linha de lance-livre (69-64).

As duas equipas equivaleram-se no capitulo do lançamento, e se o FC Porto levou vantagem na tabelas (40 vs 25), 15 dos quais ofensivos, a Ovarense controlou muito melhor a posse de bola, isto é, cuidou melhor dela e por isso teve mais lançamentos (10 vs 18 turnovers), e teve o mérito de roubar 11 bolas durante o encontro.

O norte-americano Raven Barber (25 pontos e 3 ressaltos) foi sempre uma dor de cabeça para a defesa do FC Porto, e Jo Harris (20 pontos, 8 ressaltos e 5 roubos de bola) voltou a provar que é sinónimo de energia, e de uma utilidade extrema em todas as fases do jogo.

Brad Tinsley (22 pontos, 3 ressaltos e 3 assistências) mostrou que é efetivamente um jogador acima da média, mas nem com a ajuda de Nick Washburn (13 pontos e 12 ressaltos), e os 32 pontos vindos do banco, conseguiu somar a primeira vitória da época em Ovar.