“A mesma vontade de ganhar que os nossos adeptos”

O saldo dos confrontos com o FC Porto nesta temporada é claramente favorável à equipa da Ovarense Dolce Vita.

Atletas | Competições
4 MAI 2016

José Barbosa atribui parte desse sucesso ao trabalho preparatório que antecede os jogos, sem esquecer a motivação acrescida de defrontar um dos históricos da modalidade. O base vareiro não se mostra muito preocupado com o facto de a Ovarense não beneficiar do factor casa nesta série, preferindo focar a sua atenção na melhor estratégia para condicionar tanto talento ofensivo do FC Porto. Barbosa assume a responsabilidade e a importância de contribuir para que seja a Ovarense a impor os ritmos de jogo que mais lhe interessem. Mas para ter sucesso nesta eliminatória, que começa esta sexta-feira, às 21 horas, a Ovarense terá que desejar mais que o seu adversário.

 

Seis jogos disputados com o FC Porto esta temporada, dos quais venceram quatro. Sinal que a Ovarense se encaixa muito bem com a equipa do FC Porto?

 

É verdade que as exibições contra o FC Porto foram positivas, mesmo nas duas derrotas fora que sofremos mas não acredito que isso se deva unicamente, ao facto de nos encaixarmos bem com eles. Dado que a preparação dos jogos é feita com o mesmo detalhe, independentemente do adversário, é inevitável referir a motivação extra que surge à maioria das equipas em Portugal quando defrontam o FC Porto, tornando-se, também, um fator determinante.

 

Continuam invictos em casa esta época frente ao FC Porto. O sucesso desta eliminatória passará por tentar vencer pelo menos um dos jogos deste fim de semana no Dragão Caixa. O facto de terem fechado a série anterior fora de casa, ajuda de alguma forma para que isso aconteça?

 

Os playoffs são conhecidos pela imprevisibilidade dos resultados, independentemente das diferenças de classificação entre as equipas na fase regular. É óbvio que considero menos difícil jogar em casa, para além de que o apoio dos nossos adeptos na Arena é sempre uma importante ajuda. Mas não penso que nesta fase do campeonato isso seja determinante e prova disso foi a nossa eliminatória anterior onde vencemos mais jogos fora do que em casa.

 

O jogo exterior do FC Porto, especialmente a linha de três pontos, é temível? Isso vai obrigar a ajustes defensivos da vossa parte? Ou vão manter-se fieis às vossas rotinas?

 

Observamos sempre os adversários de semana a semana para depois adaptar a nossa estratégia da melhor forma possível, e será isso que vamos fazer para este fim-de-semana. É difícil concentrarmo-nos apenas no seu tiro exterior porque, quando se joga contra uma equipa como o FC Porto, todos os detalhes contam mas concordo que é um dos seus pontos fortes.

 

A questão física poderá ser importante no desfecho desta série? E se estão preparados para um eventual playoff decidido à melhor de 5 jogos num tão curto espaço de tempo?

 

Eu acredito que estamos preparados e que o trabalho feito ao longo da época terá os seus resultados nesta fase. Ainda esta semana, um dos nossos dizia ao grupo que quem não estivesse preparado para jogar dois dias seguidos, com dores, cansaço ou lesões, independentemente do adversário ou do pavilhão, então não estaria preparado para jogar os playoffs. E, pessoalmente, grande percentagem desta parte final da temporada resume-se a isto.

 

Como base sentes que tens a responsabilidade de marcar bem os ritmos do jogo de forma a não permitir que o FC Porto jogue em contra-ataque ou transições rápidas?

 

Tem sido um aspeto que tanto eu como o Nick temos tentado melhorar e que pode fazer diferença porque, para além de tornar mais eficaz o nosso ataque, limita consideravelmente os bons momentos da equipa adversária. No caso específico do FC Porto, se conseguirmos interromper o ritmo que impõe no seu jogo, será uma ajuda significativa para reduzir os seus números ofensivos.

 

E de que forma terá que se apresentar a Ovarense para conseguir chegar à final?

 

A 100%. Fortes mentalmente, soltos fisicamente e com a mesma vontade de ganhar que os nossos adeptos.

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4 MAI 2016

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