FC Porto vence na Luz e adianta-se na final da LPB

Embora tenha estado em desvantagem durante grande parte do desafio, o FC Porto colocou-se à frente na final da Liga Masculina, depois de vencer o Benfica por 78-72, no Pavilhão da Luz.

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21 MAI 2016

Este domingo, haverá novo clássico, às 17 horas, novamente no Pavilhão Fidelidade. Resumidamente o jogo 1 da final da LPB teve duas partes distintas. Durante a 1ª parte esteve melhor a equipa do Benfica, vivendo muito do talento ofensivo de Daequan Cook e da liderança de Mário Fernandes. O 2º tempo foi totalmente dominado por Troy Devries que guiou os dragões á liderança na série. Não só pelos pontos que somou, mas também pelos desequilíbrios que provocava na defesa encarnada, terminados quase sempre com situações confortáveis de finalização.

 

Os primeiros 10 minutos foram totalmente dominados pelos benfiquistas (29-13), sobretudo pela eficácia revelada no tiro de longa distância, embora tenha sido o FC Porto a começar melhor o encontro como 4 pontos consecutivos de Washburn. Mário Fernandes aproveitava como muito acerto a liberdade que lhe era concedida nas situações de bloqueio direto, e Cook mostrava os seus dotes de colocar a bola dentro do cesto.

 

Aos poucos, os azuis e brancos foram recuperando a sua eficácia no capitulo do tiro, alteraram a forma de defender os bloqueios diretos para uma solução bastante mais agressiva (2×1), e conseguiram aumentar o ritmo do jogo. Os triplos começaram a cair, e a meio do período os dragões já só perdiam por sete pontos (26-33). Na parte final do 1º tempo, o ataque do Benfica foi à procura de isolamentos de Cook nas posições de poste baixo, uma aposta ganha já que chegou ao intervalo a vencer confortavelmente por quinze pontos de diferença (47-32).

 

Na etapa complementar, a formação portista surgiu muito mais agressiva a defender e a luta das tabelas deixou de ser um problema (16 vs 22 ao intervalo), passando a ser os comandados de Moncho López a beneficiarem de mais posses de bola e segundos lançamentos, fruto de uma boa presença no ressalto ofensivo. Muito cedo no quarto, Wilson e João Soares tiveram de ir para o banco com a 3ª falta, Cook parecia ter desaparecido do jogo, Radic mostrava alguma presença nas áreas próximas do cesto mas não conseguia concretizar em situações aparentemente muito favoráveis. Gentry não se mostrava numa tarde de grande inspiração a lançar ao cesto, mesmo de zonas onde costuma ser infalível, e o ataque do Benfica ressentia-se na sua produtividade ofensiva.

 

O FC Porto voltou a mostrar toda a sua agressividade ofensiva com as penetrações em drible, e DeVries começou a dar espetáculo. Dois triplos consecutivos do norte-americano, a 3 minutos do final do período, reduziam a diferença para sete pontos (47-54), mas uma boa ação individual de Mário Fernandes fixava o resultado final do quarto, em 57-59 favorável ao Benfica.

 

DeVries continuava com a mão quente, e o ataque do FC Porto conseguia explorar melhor e envolver mais o norte-americano nas suas ações ofensivas. Foram vários os triplos que marcou no derradeiro período, mas dois consecutivos colocavam os dragões a perder pela diferença mínima (60-61), sensivelmente a meio do quarto. O FC Porto passa para o comando a 3.29 do fim (67-65), e Carlos Lisboa, sem que todos tivessem percebido, tenta uma boxe and one a DeVries como forma de condicionar o sucesso atacante do extremo portista. Mas duas faltas em ato de lançamento de 3 pontos deitam por terra a estratégia defensiva do Benfica. A defesa encarnada, nos últimos minutos, mostrou-se muito vulnerável às penetrações em drible, não foi capaz de parar a boa circulação de bola do ataque dos azuis e brancos, e sentiu enormes dificuldades para dominar a sua tabela defensiva. Muitos problemas que acabaram por ditar a derrota, embora um triplo de Mário Fernandes, a 58 segundos do termo do encontro, ainda trouxesse alguma esperança (72-75).

 

O norte-americano Troy DeVries (30 pontos, 6/9 de 3pts e 5 assistências) teve a capacidade de alterar por completo o rumo do encontro, mostrou-se influente de diversas formas e liderou de forma soberba o FC Porto à liderança da série. Nick Washburn, ainda que prejudicado pelo problema das faltas, fez um jogo positivo, tal como José Silva (10 pontos e 4 assistências). Arnett Hallman (6 pontos e 7 ressaltos) acabou por ser determinante na parte final do encontro pela capacidade de ressalto, intimidação e defensiva que veio acrescentar à equipa azul e branca.

 

O base Mário Fernandes (14 pontos e 5 assistências), com exceção feita a alguns passes arriscados na parte final do jogo, esteve muito bem no comando do ataque encarnado, e Cook (18 pontos) ainda não foi desta que conseguiu ser consistente os 40 minutos. Ivica Radic, apesar de ter somado um duplo-duplo (12 pontos e 12 ressaltos), não consegue ser dominador no jogo interior. João Soares (11 pontos e 3 assistências) voltou a ser sinónimo de entrega.

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21 MAI 2016

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