Quem será o próximo campeão?

Nas várias entrevistas que vieram a público sobre a final da LPB, pouco ou nada se falou em concreto sobre o que poderá determinar o vencedor deste emocionante playoff final entre SL Benfica e FC Porto.

Competições
20 MAI 2016

As duas equipas com mais soluções, maior profundidade nos respetivos planteis, e que provaram serem as melhores durante a temporada, uma vez que foram as únicas a conquistar títulos. Os atuais campeões nacionais têm pela frente um adversário extremamente motivado, que evoluiu imenso com o decorrer da época, bem como se soube reforçar e reajustar no decorrer da mesma. O Benfica tem aqui uma espécie de “segunda vida”, depois do que sucedeu no jogo 5 da série frente à Oliveirense, algo que poderá beneficiar os encarnados na forma como abordam esta aguardada e competitiva final da LPB.

 

Neste playoff estaremos em presença de dois ataques muito produtivos, ainda que sejam os dragões os mais concretizadores por uma curta vantagem (87.2 vs 85.8 pontos de média). Na luta das tabelas, o Benfica conquista mais ressaltos em média (29.5 vs 24.3), mas o ressalto ofensivo (11.7 de média) é uma das armas mais eficazes do FC Porto, na forma como proporciona mais posses de bola e segundos lançamentos. Não que o Benfica não tenha jogadores para equilibrar essa batalha, até porque o seu registo não fica muito atrás (9.6).

 

O controlo da posse de bola é sempre determinante em qualquer jogo, mais ainda quando se trata de uma final, onde cada posse de bola vale ouro. As duas equipas chegam a esta final bastante equilibradas neste capitulo do jogo, embora ligeiramente melhor o Benfica (11.5 vs 12.8). Contudo, os azuis e brancos apostam bastante mais no contra-ataque e transições ofensivas rápidas, outro ponto forte do seu jogo que os comandados de Carlos Lisboa terão de ser capazes de controlar de forma a evitarem sofrer pontos fáceis em situações de superioridade numérica.

 

A linha de três pontos tem sido um dos principais argumentos ofensivos destas duas equipas. Ambas se revelaram letais durante as rondas anteriores, com os dois conjuntos, melhor o Benfica, a registarem médias bastante interessantes (44% vs 41.8%). Do lado dos campeões nacionais, Daequan Cook é o grande especialista, do lado contrário, Troy DeVries já provou que é igualmente um atirador, e qualquer um deles pode alterar o rumo de um jogo com os seus longos lançamentos. Limitar a estes dois jogadores a capacidade dos dois conjuntos da linha dos 6.75 metros é redutor, pelo que outros poderão fazer a diferença no decorrer da série.

 

As percentagens nos tiros de dois pontos e o número de assistências são duas áreas do jogo que ajudam a determinar o sucesso do Benfica nos seus jogos. Se o FC Porto se mostra mais certeiro nos tiros de curta e média distância (54.2% vs 49.6%), já nos passes para cesto os benfiquistas levam a melhor (20.3 vs 13.7). Sinal que a equipa liderada por Carlos Lisboa estará obrigada a procurar maior equilíbrio ofensivo, a envolver mais os seus jogadores grandes nas ações ofensivas, e finalizar mais vezes nas áreas próximas do cesto.

 

E nesta área do jogo, que o FC Porto é extremamente eficiente, pois procura os seus postes como referencia ofensiva, bem como privilegia o uso do drible para atacar o cesto. O Benfica está obrigado a defender bem as situações de 1×1, especialmente as penetrações dos jogadores exteriores do FC Porto. Não só pelos pontos que valem, mas pelos desequilíbrios defensivos que criam, e todo o jogo ofensivo que se gera a partir desses momentos.

 

A linha de lance-livre é sempre determinante em jogos decididos por detalhes, especialmente aqueles que terminam com baixas pontuações, e nesse capitulo do jogo os benfiquistas têm se revelado mais assertivos (77.8% vs 68%).

 

Será igualmente interessante acompanhar como ambos os conjuntos vão tentar solucionar as ações de bloqueio direto, especialmente o FC Porto, já que muito do jogo ofensivo do Benfica vive das vantagens criadas nessas situações de 2×2, com Mário Fernandes, Barroso e Cook a serem normalmente os portadores da bola. O mesmo poderá ser dito do Benfica na forma como irá defender as saídas bloqueadas, bloqueios indiretos, para libertar os atiradores, particularmente DeVries, Tinsley, Bastos e José Silva.

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20 MAI 2016

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