Benfica junta-se ao FC Porto na final da LPB

Foi uma 'negra' emocionante aquela que SL Benfica e UD Oliveirense proporcionaram no Pavilhão da Luz, com as 'águias' a vencerem a formação de Oliveira de Azeméis por 86-84, depois de dois prolongamentos.

Atletas | Competições
18 MAI 2016

Sendo assim, os tetracampeões nacionais irão defrontar na final do playoff o FC Porto, quatro anos depois da última disputa do título entre ambos os rivais. 

 

Em competição, existirá sempre um vencedor e um vencido, mas neste jogo 5 quem saiu a ganhar foi a modalidade e todos aqueles que tiveram o privilégio de acompanhar um jogo lutado de forma exemplar. Nem sempre bem jogado, mas repleto de emoção, incerteza, por vezes desespero pelos erros cometidos por ambas as equipas, que fizeram desta negra um jogo para memória futura.

 

Naturalmente o Benfica sai mais satisfeito da série, pela capacidade de sofrimento demonstrada, pelo crer revelado, que lhe permitiu ir buscar o jogo quando este parecia totalmente perdido. Pelo caminho fica a Oliveirense, que sai da competição de cabeça erguida e de consciência tranquila. Extremamente personalizada e destemida na forma como se apresentou no Pavilhão Fidelidade, teve o jogo na mão no final do tempo regulamentar, e nos dois prolongamentos, mais no primeiro, a vitória poderia ter caído para o seu lado.

 

Falando um pouco do jogo. O 1º período não poderia ter sido mais equilibrado, empate a 19 pontos, com a Oliveirense a beneficiar dos 4 triplos convertidos. O Benfica a viver muito do talento individual de Cook na forma como tirava partido das trocas defensivas para jogar situações de 1×1.

 

A Oliveirense entra melhor no 2º período (25-19), e toma em definitivo conta do jogo, sobretudo pela forma intensa como defendia. Os encarnados não conseguiam criar desiquilibrios nas situações de bloqueio direto, o jogo interior era nulo, razões pelas quais estiveram 4 minutos sem fazerem pontos. Carlos Lisboa introduz pela 1ª vez no jogo uma zona 1x2x2, mas valeu ao Benfica dois cestos de Gentry, das poucas vezes que tiraram vantagens nos bloqueios diretos, para equilibrar um pouco mais o marcador perto do intervalo (29-32).

 

No recomeço da etapa complementar, o Benfica procurou, sem sucesso, ataques mais diretos na tentativa de explorar posições interiores, e a Oliveirense continuou a apostar no contra-ataque como forma de somar pontos no ataque (39-29). A meio do período, o Benfica regressa à zona, embora se mostrasse muito vulnerável às penetrações. A Oliveirense, com 1.30 para jogar, chega aos catorze pontos de vantagem (50-36), com os benfiquistas a reduzirem ligeiramente até final do quarto (42-52).

 

Carlos Lisboa manteve-se fiel à zona no inicio do derradeiro quarto, e desta vez com bons resultados. Os forasteiros estiveram 5.40 minutos sem somarem pontos, e duas jogadas de três pontos (cesto e falta) colocavam o Benfica à distância mínima (51-52). Um triplo de Fechas volta a afastar a Oliveirense no comando (57-51), que a 58 segundos do final vencia por sete pontos de diferença (62-55). Os turnovers dos visitantes, associados à inspiração individual de Cook, levavam o jogo para o prolongamento, com o norte-americano a marcar o triplo do empate a 24.2 segundos do fim. Ellisor teve oportunidade para decidir o jogo e a eliminatória a favor da Oliveirense no final do tempo regulamentar.

 

Nos primeiros 5 minutos extra, começaram melhor os visitantes (70-66), lideraram mesmo durante grande parte do tempo, mas pertenceu a Cook a última posse de bola, falhou um triplo, para desfazer a igualdade a 75 pontos. No 2º prolongamento, a Oliveirense, com vários jogadores excluídos por faltas, acabou por ceder, perante um Benfica que conseguiu um roubo de bola decisivo numa reposição de bola na linha lateral a poucos segundos do fim, e numa altura em que vencia por três pontos (85-82).

 

 

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18 MAI 2016

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