Tudo empatado na final da LPB

A final da Liga Portuguesa de Basquetebol está emocionante, equilibrada, incerta quanto ao vencedor, se bem que neste momento o FC Porto está numa situação mais confortável na série.

Competições
27 MAI 2016

Isto apesar da eliminatória estar empatada a 1, mas com o factor casa ter sido recuperado pelos dragões, onde ainda não perdeu esta temporada frente ao SL Benfica. Os dois primeiros jogos deste playoff tiveram a particularidade de serem dominados por cada um os clubes durante uma parte, sendo que na vitória cada uma delas conseguiram dar a volta ao jogo na 2ª parte. Sinal de inconsistência de ambas, algo que poderá ser decisivo para o próximo fim de semana. Taticamente também se tem jogado muito, pelo que será muito interessante continuar a acompanhar os clássicos que valerão o titulo de campeão.

 

Nesta fase da eliminatória, é impossível não falar em Troy DeVries e no impacto que ele tem tido nesta final e no rendimento da equipa do FC Porto. Claramente um jogador acima da média, não só pela sua qualidade de tiro, como também pela sua capacidade de desequilibrar e assistir os seus companheiros. Isto para não falar da liderança demonstrada em assumir a responsabilidade ofensiva da equipa nos momentos decisivos.

 

A linha de três pontos continua a ser uma arma ofensiva temível da equipa do FC Porto, e demonstrou isso mesmo nos dois jogos, bem como o contra-ataque ajudou a que os azuis e brancos tivessem momentos em que dominaram por completo o adversário. Moncho López conseguiu encontrar soluções para ultrapassar as alternâncias defensivas introduzidas por Carlos Lisboa, bem como ajustar as suas estratégias na defesa dos bloqueios diretos.

 

A agressividade ofensiva traduzida no ataque ao cesto em drible foi sempre um problema para a defesa encarnada, e muito provavelmente a forma mais eficiente de envolver e fazer os seus jogadores interiores valerem pontos.

 

A formação portista, já depois de ter estar em vantagem na série, esteve muito bem posicionada para vencer o jogo 2, teve momentos de excelência ofensiva para fechar esse jogo, valeu a capacidade de sofrimento, e competitividade revelada pelos atuais campeões nacionais num momento muito complicado e difícil de gerir.

 

O SL Benfica provou que pode igualar o adversário na atitude e agressividade defensiva, e se conseguir isso o jogo torna-se completamente diferente. Até porque, foi dessa forma que conseguiu condicionar e diminuir a eficácia ofensiva do FC Porto, bem como somar pontos fáceis em contra-ataque.

 

Carlos Lisboa foi capaz de encontrar soluções no banco para alterar o rumo do jogo 2, soube direcionar o jogo ofensivo da equipa na busca das vantagens interiores, fosse através dos extremos, isolamentos, ou dos postes através dos bloqueios diretos. O ter conseguido inverter a luta das tabelas foi determinante para conseguir empatar a eliminatória, bem como ter controlado melhor a posse de bola.

 

Daequan Cook teve momentos em que mostrou o seu génio e o seu talento ofensivo, embora sem conseguir revelar a consistência desejada. Mas não se pode negar que pode mudar ou decidir um jogo. A rotação do banco foi ficando encurtada, o que não significa que alguns jogadores importantes e experientes na equipa do Benfica, não possam ainda vir a ser importantes no que falta disputar nesta final.

 

Certamente que os dois conjuntos têm margem para progredir e aumentar o seu rendimento desportivo, assim como os dois treinadores ainda poderão introduzir novidades táticas. Pelo que fica a curiosidade de perceber os ajustes que serão feitos pelos respetivos técnicos para os jogos do próximo fim de semana. 

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27 MAI 2016

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