Portugal estreia-se este sábado frente à Bósnia

O próximo Europeu – Divisão A que começa já este sábado e prolonga-se até ao próximo dia 17, vai disputar-se novamente em Matosinhos, uma cidade que já se tornou referencia no basquetebol feminino europeu pela forma tão particular como vive a competição, tornando-a num evento ímpar e de enorme impacto. Portugal vai estar presente, faz parte do Grupo A, juntamente com as seleções da Espanha, Polónia e Bósnia Herzegovina. A equipa nacional deu boas indicações durante a preparação, é comandada por um técnico experiente e de créditos firmados, e formada por um grupo de atletas com várias participações em europeus, com valor reconhecido até internacionalmente, e disposto a dar tudo para corresponder ao apoio incondicional dos adeptos portugueses.

Portugal estreia-se este sábado, às 20h45, no Pavilhão Municipal de Custóias, frente à seleção da Bósnia Herzegovina. Com a certeza de poder contar com o apoio entusiástico, as comandadas de Eugénio Rodrigues sabem o quanto importante seria iniciar esta fase de grupos com um resultado positivo. A equipa conseguiu durante a preparação resultados muito interessantes, deu provas que consegue ser competitiva frente a qualquer adversário, pelo que uma vitória a abrir a competição seria o tónico ideal para Portugal alcançar o seu principal objetivo na prova: a manutenção na Divisão A. A formação portuguesa tem se revelado eficaz da linha de três pontos, a dupla interior formada por Chelsea Guimarães e Maria Kostourkova tem se apresentado a muito bom nível, e Carolina Bernardeco tem comandado muito bem a equipa. Mas existem muitos mais valores no grupo, com atletas com capacidade para dar contributos importantes, e ajudarem a encher de orgulho os adeptos portugueses que são sempre tão especiais na forma como vivem e sentem estes Europeus.

A Espanha é favorita a vencer o grupo, até porque no último verão conquistou o seu quarto titulo nas últimas cinco edições, vingando a derrota frente à França, em Udine, na final de 2014. Numa equipa recheada de estrelas como Laura Quevedo, que na próxima temporada vai competir na EuroLeague Women ao serviço da Perfumerias Avenida. Quevedo integrou o cinco ideal da edição do ano passado disputado em Lanzarote, e ainda sonha com estar presente nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Isto sem esquecer a liderança da regressada Helena Orts. A Espanha beneficiará da subida de escalão da geração de 1997 que conquistou o titulo de Sub 18, em que Maria Conde e Iho Lopez tiveram um papel importante.

A Polónia chega igualmente a este Europeu com expectativas elevadas, depois de ter alcançado no ano passado os quartos-de final da prova. Revelou-se uma equipa sólida durante a preparação, tendo mesmo batido a França (51-50) num recente jogo amigável. Monika Radomska é a grande estrela da companhia, e desempenhou um papel decisivo no sucesso alcançado pela Polónia em 2015 que chegou aos melhores 8 da competição. Uma vez que metade dessa equipa está de regresso, a Polónia tem motivos para acreditar que pode repetir o êxito do último Europeu. A atleta Zuzanna Puc merece igualmente uma atenção especial, sobretudo por aquilo que fez no Europeu de Sub 18 de 2015, embora não tenha conseguido evitar a descida à Divisão B.

Finalmente a Bósnia Herzegovina, promovida este ano à Divisão A, depois de ter sido campeã da Divisão B, em 2015. Um feito em grande parte conseguido à custa do extraordinário esforço de Marica Gajic, médias de 20.1 pontos e 15.2 ressaltos, atleta presente no draft da WNBA, mas já sem idade para participar este ano. Sem poder contar com este importante trunfo, a Bósnia ainda assim tem valores com qualidade, como é o caso de Melisa Brcaninovic, nascida em 1999, para tentar a manutenção.