Portugal não venceu no 1.º teste

Depois de duas semanas de trabalho em Portugal, a Seleção Nacional viajou para a Eslovénia a fim de realizar os seus primeiros três jogos de controlo.

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2 AGO 2016

Esta terça-feira disputou o seu primeiro teste, frente à Geórgia, em Podcetrtek, que terminou com a vitória dos georgianos por 90-71. Foi notória a diferença das duas equipas no estado de preparação, com os georgianos a mostrarem-se muito mais soltos e avançados, o que não impediu Portugal de conseguir equilibrar o jogo durante algumas fases. Foi sem dúvida um excelente teste para a formação lusa, diante de um adversário que foi extremamente agressivo a defender, muito físico, e que se revelou letal no tiro de longa distância.

 

Segunda-feira foi dia de viajar – voo até Zagreb – ao qual se seguiu uma viagem de duas horas de autocarro até Lasko, nada que impedisse a equipa de treinar ao final do dia. Esta terça-feira de manhã, novo treino, de duas horas, com a equipa deslocar-se depois de autocarro – 1 hora de viagem – até ao local onde a Geórgia estagiou.

 

Depois de um inicio menos conseguido, Portugal conseguiu equilibrar o jogo, tendo mesmo passado para a frente do resultado perto do final do 1º período (20-19). Mário Palma, de uma forma natural, foi rodando os 13 jogadores, e a Geórgia aumentou a sua agressividade defensiva, condicionando, e muito, a fluidez ofensiva de Portugal. Muitos dos seus pontos (25%) resultaram de erros provocados ao ataque português – 11 na 1ª parte – o que ao intervalo permitias-lhe estar na frente por 46-35.

 

Na 2ª parte, a toada do jogo não se alterou significativamente, com Portugal a sentir problemas em organizar e executar os seus sistemas ofensivos, até porque não somou qualquer ponto em contra-ataque durante os 40 minutos. Os turnovers continuaram a ser um problema (27 no total), e o 3º período acentuou ainda mais a diferença entre as duas equipas (71-47). Mesmo perante uma situação difícil, Portugal foi solidário nos últimos 10 minutos, melhorou ofensivamente (parcial de 9-0), as bolas começaram a cair, e jogo mudou completamente (61-76). Foi sem dúvida uma boa resposta, tanto mais que se tratava do 1º jogo nesta fase de preparação para a fase de qualificação do Eurobasket 2017.

 

No final do encontro, Mário Palma não era um treinador satisfeito, mas reconhecia que o adversário se mostrou, nesta fase, mais pronto para competir, e com outros argumentos. “Tratou-se de um 1.º jogo excelente para a equipa, frente a um adversário que impôs uma agressividade defensiva muito acima da média, e que nos criou muitos problemas no ataque. Foi visível que existe nesta altura uma grande diferença entre as duas equipas, até porque a nossa equipa tem uma carga de treino elevada. A Geórgia está numa fase da sua preparação mais adiantada, e apresentou-se muito mais solta”, considerou o selecionador português.

 

Naturalmente que Portugal joga sempre para ganhar, mas nesta altura o resultado era o menos importante. “Perder por 19 pontos nesta fase frente a esta Geórgia não deslustra nada. Havemos de lá chegar! Tanto mais que não existiu qualquer trabalho de scouting, sendo que acabámos por ser surpreendidos em algumas situações”, acrescentou Mário Palma.

 

Como já foi referido, o treinador lusoutilizou os 13 jogadores, com João Betinho Gomes, autor de 20 pontos, 5 ressaltos e 4 assistências, a destacar-se como o melhor marcador, seguido depois por Pedro Pinto, com 9 pontos. Tomás Barroso (6 pontos, 5 assistências e 3 ressaltos) acabou por fazer um jogos bastante completo, bem como Cláudio Fonseca (7 pontos e 4 ressaltos). Portugal equilibrou a luta das tabelas (27-30), conquistou 25 lances-livres (80%), e deveriam ter sido muitos mais…, mas esteve menos eficaz a lançar ao cesto (43% vs 53%). A linha de 3 pontos definiu a diferença entre as duas equipas (9/17 – 53% vs 9/26 – 35%).

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2 AGO 2016

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