Quinze minutos não chegam
O resultado do último jogo de preparação da equipa nacional não foi favorável, já que perdeu o seu segundo jogo em território alemão por 93-58.
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26 AGO 2016
O jogo não teve duas partes, mas sim duas fases. Uma até aos 15 minutos, e a outra daí até final. Portugal não conseguiu manter o nível exibido nos primeiros minutos, acabando por cometer demasiados erros e falhar em áreas onde tem por hábito ser consistente e exemplar. Há que dar mérito à equipa germânica na forma como soube procurar as vantagens de estatura, bem como pelas percentagens de lançamento conseguidas ao longo dos 40 minutos.
Mesmo sem poder contar com João Betinho Gomes e com Cláudio Fonseca a regressar à competição sem ter a possibilidade de fazer qualquer treino, Portugal entrou no jogo a mostrar-se novamente competitivo. Num pavilhão de Giessen completamente cheio, a eficácia ofensiva portuguesa, com João Guerreiro com mão quente da linha de 3 pontos, colocava Portugal a dois pontos de distância no final do 1º período (20-22).
A rotação dos jogadores não retirava ofensividade à equipa, nem fluidez e disciplina tática ao seu ataque. A meio do 2º quarto, o jogo continuava perfeitamente em aberto (28-35), mas bastaram dois minutos para que a Alemanha fugisse no marcador. Os ressaltos ofensivos, jogadas de cesto e falta e os tiros de 3 pontos dos jogadores interiores da Alemanha fizeram a diferença pontual disparar para os catorze pontos ao intervalo (47-33).
Durante a 2ª parte, os comandados de Mário Palma acusaram o esforço da véspera, bem como as viagens acumuladas e a impossibilidade de treinar normalmente. Nos segundos vinte minutos acentuou-se o domínio da Alemanha nas áreas próximas do cesto, quer através dos extremos ou dos seus postes, bem como na luta das tabelas (41-27). Mas quando não era dentro a solução, o tiro de longa distância era igualmente uma arma eficaz (11/26 – 43.3%).
Já Portugal sentia imensas dificuldades para somar pontos de lançamentos de curta e média distância (10/28 – 35.7%), tendo estado melhor da linha de 3 pontos (10/28 – 35.7%). O insucesso atacante refletia-se negativamente na agressividade defensiva da equipa, traduzido em alguns cestos fáceis concedidos, como resultado de alguns erros de palmatória defensivos cometidos.
O jogo não deixou de ser importante para que alguns jogadores melhorassem a sua forma desportiva e outros que aumentassem os seus níveis de confiança, até porque durante a qualificação todos serão úteis. O jogo da Polónia é já na próxima quarta-feira, tempo agora de tirar ilações deste desaire, corrigir erros, fazer ajustes, e preparar o melhor possível o primeiro jogo da fase de qualificação.
João Guerreiro esteve com a mão quente da linha de três pontos (5/7 – 71.4%), e acabou por ser o melhor marcador da equipa com 19 pontos, a que somou 4 ressaltos. O segundo mais concretizador foi Miguel Queiroz (7 pontos e 5 ressaltos), num jogo em que 10 dos 11 utilizados contribuíram com pontos.