Uma história em duas partes (Crónica)
Frente à mais cotada das três seleções do grupo D da fase de pré-qualificação para o Campeonato do Mundo de 2019, uma boa segunda parte da Seleção Nacional não foi suficiente para completar a recuperação.
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2 AGO 2017
Frente à 51ª classificada do ranking mundial, a seleção nacional (84ª do ranking) fez, durante os últimos 20 minutos de jogo, tudo aquilo que precisava para discutir a vitória na partida. Infelizmente, não o conseguiu fazer durante os primeiros vinte. É nessas duas partes completamente distintas que se conta a história desta partida.
A primeira, uma em que Portugal revelou grandes dificuldades, perante uma defesa búlgara agressiva e solidária, em penetrar e marcar na área pintada. Com dificuldade em jogar no interior e com os lançamentos exteriores a não caírem (e, do outro lado, com os triplos a caírem de todo o lado), a desvantagem para a seleção nacional foi aumentando, até se situar acima das duas dezenas de pontos. Defesa forte, vantagem nos ressaltos e enorme acerto nos triplos (9 lançamentos exteriores concretizados em 14 tentados, contra 0 em 14 para Portugal) foi a receita para os 25 pontos de vantagem dos búlgaros ao intervalo (26-51).
A segunda, uma em que Portugal foi muito mais aguerrido e colectivo no meio campo defensivo, em que as ajudas e as trocas defensivas foram melhores e em que a defesa lusa não concedeu tantas situações fáceis de lançamento. Maior agressividade na defesa, mais velocidade no ataque e maior eficácia nos lançamentos exteriores foi a receita portuguesa para um parcial de 45-31 nos segundos 20 minutos de jogo.
Destaque para as exibições de José Barbosa (11 pontos, 1 ressalto, 2 assistências, 1 roubo de bola), José Silva (10 pontos, 1 ressalto, 1 assistência), João Guerreiro (10 pontos, 1 assistência), Miguel Queiroz (9 pontos, 3 ressaltos, 2 roubos de bola), Nuno Oliveira (9 pontos, 2 ressaltos, 1 assistência) e Arnette Hallman (8 pontos, 6 ressaltos, 1 assistência, 2 roubos de bola, 1 desarme de lançamento).
Somadas as duas partes desta história, a diferença na eficácia da linha de três pontos foi decisiva (20% para Portugal, com 6 em 30; 51.7% para a Bulgária, com 15 em 29) e Portugal terminou a partida diante da Bulgária com uma derrota por 82-71, mas com boas indicações para os próximos encontros.
O próximo é daqui a uma semana, no dia 9 de Agosto, com os comandados de Mário Gomes, Sérgio Ramos e Nuno Manarte a viajar até Minsk, para tentar conquistar, frente à Bielorrússia, a primeira vitória nesta fase de pré- qualificação. O que, se repetirmos durante 40 minutos a segunda parte de hoje, terá tudo para acontecer.