“Temos uma vontade enorme de conquista”
Estivemos à conversa com João Paulo Silva, treinador do CAB Madeira, que mostrou ter os olhos postos na vitória relativamente ao jogo com o Benfica, esta quinta-feira, a contar para a Supertaça.
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4 OUT 2017
O técnico mostra-se otimista quanto à temporada que aí vem, realçando a qualidade da equipa.
Pelo que já observou do Benfica, em que aspetos o CAB terá de ser mais forte no jogo da Supertaça?
Temos a noção clara de que para conseguirmos vencer esta competição será necessário interferir fundamentalmente em duas áreas: por um lado, condicionar as ações ofensivas do Benfica através do cumprimento rigoroso de regras defensivas que temos vindo a trabalhar. Queremos assumir o comando das ações, mesmo quando estamos a defender. Por outro lado, desejamos manter o registo da época anterior que nos colocou como uma das equipas mais concretizadoras da Liga. Controlar os tempos de ataque, percebendo os exatos momentos de aumentar ou diminuir a intensidade ofensiva. Entendo que estes podem ser os pontos-chave que, eventualmente, dar-nos-ão maior capacidade para vencer.
O CAB conta com vários reforços, incluindo os regressos de Mário Fernandes e de Tommie Eddie. Sente que a sua equipa está mais forte? Como a caracteriza?
Na preparação desta época conseguimos garantir a continuidade de um grupo coeso que nos dá garantias de continuar o bom trabalho da época anterior. A este grupo assegurámos a entrada de alguns jogadores muito experientes que vão aumentar a nossa capacidade competitiva. Estamos assim a preparar-nos para construir um grupo mais capaz e, sobretudo, que garanta um nível competitivo elevado. Entendo que esta vontade de ser competitivo em cada um dos jogos passa sobretudo pelo cumprimento de compromissos comuns. O envolvimento de cada um em torno de um resultado coletivo vai certamente tornar-nos mais fortes.
Tratando-se de um jogo único, este da Supertaça, pensa que o favoritismo se encontra repartido?
Seria naturalmente uma atitude de absoluta ignorância da minha parte se não reconhecesse um conjunto de aspetos onde o Benfica leva alguma vantagem, comparativamente à nossa equipa. No entanto, o CAB já deu provas suficientes de que consegue criar uma postura de superação perante desafios, de luta permanente pela conquista das oportunidades que vão surgindo no campo competitivo. Esta é obviamente uma dessas oportunidades. Não sei se o favoritismo será repartido, sei no entanto que temos uma vontade enorme de conquista que, podendo não ser repartida no plano teórico, será naturalmente enorme no momento da ação.
Olhando para a temporada que aí vem, principalmente a Liga, quais são os principais objetivos do CAB? Estar intrometido nos primeiros lugares é um deles?
Declaradamente, sim. Temos como metodologia de ação a definição, em tempo próprio, de um conjunto de objetivos que nos conduzam à superação de determinadas fases da época. A conquista da supertaça é o ponto de partida dessa determinação. Outros desafios serão abordados, tais como garantir a participação no Grupo A relativamente à segunda fase da competição, e por isso queremos assegurar este compromisso o mais cedo possível. Participar nos pontos altos de cada competição – Final a 8 da Taça de Portugal e, naturalmente, participar nos playoffs.