“Toda a gente do clube me recebeu de braços abertos”
Cinco anos depois, Miguel Maria Cardoso está de regresso ao nosso país, e logo para iniciar em grande estilo a temporada ao serviço do Vitória SC, sendo o jogador com melhor média de assistências na Liga Placard.
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6 DEZ 2017
Entrevistámos o atleta português, que se mostrou muito satisfeito com o projeto do clube minhoto, numa altura em que não se outra coisa no país basquetebolístico a não ser sobre a estrondosa exibição do base vitoriano na receção ao FC Porto.
39 pontos, 1 ressalto, 5 assistências e 6 roubos de bola, eis os teus números no jogo frente ao FC Porto. Estamos a falar do melhor jogo, até agora, da tua carreira?
Não estamos a falar do melhor jogo da minha carreira porque perdemos. Os melhores jogos foram todos aqueles em que saí vitorioso até hoje. Mas sim, são números que não se fazem todos os dias. Vou continuar a trabalhar para estar sempre a bom nível!
Tens aumentado os teus níveis de pontuação, algo que se refletiu de forma máxima no sábado. Como explicas este facto? Tem sido um aspeto do teu jogo muito trabalhado?
Não há poções mágicas, trabalho para ser melhor todos os dias, cada vez mais eficaz e falhar o menos possível. Simplesmente leio o que a defesa está a fazer, nas situações em que tenho de lançar… lanço, quando tenho que passar… passo, tento fazer sempre a leitura mais correta possível! É para isso que trabalho todos os dias.
És o líder de assistências da Liga Placard, com uma média de 7.9 por jogo, registo que se tem destacado, e de que forma, neste início de temporada. Esperavas um arranque assim depois de cinco anos fora de Portugal?
Todos os dias trabalho para ser melhor do que no dia anterior. É isso que tenho feito, não só nos cinco anos que passei fora de Portugal, como em todos os outros em que joguei cá. O mais importante para mim é ganhar os nossos jogos. É só nisso que penso e é para isso que trabalho.
A experiência adquirida em França e na Alemanha, inclusivamente com participação em competições europeias, tem sido decisiva nas tuas prestações no campeonato?
Ajudaram-me bastante, sem dúvida, estes anos que passei no estrangeiro. Tive a oportunidade de ser colega de equipa de extraordinários profissionais com os quais aprendi muito, fui tirando o que de mais positivo havia neles, para além dos treinadores, amantes puros do jogo e com os quais aprendi a ler de maneira mais precisa e eficaz no que toca a tomadas de decisão. Sem esquecer claro, também, os excelentes profissionais com que joguei aqui em Portugal antes de sair e com aqueles que que jogo agora… inclusive treinadores. Todos eles tornam o meu trabalho mais fácil!
O Vitória SC tem praticado um bom basquetebol, o que se reflete na classificação. Estamos na presença de um candidato ao título?
Estamos na presença de uma equipa que trabalha todos os dias para ser melhor e ganhar todos os jogos que tem, esse é o nosso objetivo! Em junho logo se verá quem é o campeão…
Sentes que este é o projeto ideal para acolher o teu regresso?
Sim, tenho-me sentido muito bem, toda a gente do clube me recebeu de braços abertos. O Fernando Sá é um excelente treinador, com os seus princípios bem delineados, e por isso tens que lutar e suar a camisola para jogar, disputar todas as bolas como se fossem a última, eu gosto quando é assim! E para além disso, como adjunto temos o Nuno Perdigão, antigo base internacional em que a sua carreira fala por si, e na minha posição nada melhor como tê-lo todos os dias no treino para aprender mais e mais!