“Man Out” com… Hélder Freitas

Imprescindível na APD Paredes, ganhou o direito a figurar nos 12 convocados que representaram Portugal no verão passado, em Brno, República Checa, no Campeonato da Europa C. 

Hélder Freitas faz do físico a maior arma, mas tem vindo a ampliar os recursos do seu jogo para se afirmar como um nome a ter em conta na área pintada. 

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?

Se tivesse que " vender" a alguém seria fácil… bastava levá-lo a experimentar. Foi o que fizeram comigo.

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?

Os jogadores que mais me fascinam são, sem dúvida, o meu ex-colega de equipa, que ainda hoje me ensina muito e agradeço por isso, Pedro Bártolo, e também Márcio Dias.

Ter uma limitação motora, entre outras coisas, produz momentos humorísticos de requinte devido à reação das pessoas menos “familiarizadas” com o tema. Ter uma limitação motora e jogar BCR é uma mistura explosiva? Conta-nos um episódio contigo ou que presenciaste.

É estranho para as pessoas, tal como foi para mim aceitar que iria ficar numa cadeira a vida toda. As pessoas olham e perguntam-se a si próprias como é possível andar numa cadeira de rodas e com uma bola ao mesmo tempo. Mais impressionadas ficam quando lhes dizemos que as regras e mesmo as medidas são as mesmas, achando elas não ser possível chegar ao cesto com a bola.

Entre todas as maravilhas passíveis de pôr em prática numa cadeira de basquetebol, qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo predileto?

A parte de que mais gosto é mesmo tentar ser mais rápido do que o adversário, bloqueá-lo e não o deixar fugir.

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? Com sinceridade, vá lá!

O jogador a quem gostava de conseguir fazer “Man Out” seria… o Filipe Carneiro, talvez por ser o mais rápido. Quem sabe um dia.