“Man Out” com… Ismael de Sousa

Deu de caras com o basquetebol em cadeira de rodas (BCR) na APD Sintra na época 2003/2004, brilhou na SS Lazio, na Série B italiana, durante duas épocas – 2015-2016 e 2016-2017 -, facto que não passou despercebido a um outro clube da capital, o histórico Santa Lucia, que lhe abriu as portas da elite. Hoje, na Série A, conquista aos poucos o seu espaço e confirma a trajetória de evolução semana após semana. De tal forma que em fevereiro, o técnico Marco Galego convocou-o pela primeira vez para a Seleção Nacional.

Atletas | Competições
25 MAR 2018

Falamos de Ismael de Sousa, protagonista da rubrica “Man Out”!

 

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?

Na minha opinião só há uma forma: levando as pessoas a ver um jogo ao vivo, porque só ao vivo consegues ter a noção da espetacularidade do BCR. Para mim, é a modalidade do desporto adaptado mais incrível de se ver.

 

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?

São alguns, a começar pelo Pedro Gonçalves, porque foi com ele que comecei e porque é uma pessoa que me ensinou muito, além de ser um dos melhores a defender com a cadeira. Depois, Marco Stupenengo e Matteo Cavagnini, meus colegas de equipa: o primeiro pela visão, inteligência e capacidade de gerir os tempos de jogo (com ele tudo se torna mais fácil), e o segundo porque para mim, simplesmente, é o melhor 4.5 que já vi jogar. (A máxima pontuação atribuída a um jogador em função da deficiência. Quanto mais alta, menor a gravidade da sua lesão. Mercê da maior mobilidade, os jogadores de pontuação alta sentam-se com menos apoio lombar, ganhando em altura. Por essa razão, tendem a atuar na posição de poste, caso do referido Matteo Cavagnini – mas nem sempre)

 

Ter uma limitação motora ou de outra natureza, entre outras coisas, produz momentos humorísticos de requinte devido à reação das pessoas menos “familiarizadas” com o tema. Podes destacar algum momento?

No final de uma competição internacional, num momento de convivência entre os atletas, um dirige-se ao outro e diz: “olha, aquelas duas miúdas ali naquela mesa estão a olhar fixamente para mim há algum tempo. Não param de olhar… acho que vou lá falar com elas”. O outro responde: “Não estás a ver que são cegas, pá?”.

 

Entre todas as maravilhas passíveis de pôr em prática numa cadeira de basquetebol, qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo predileto?

Há muitos movimentos ou gestos do jogo que gosto de ver/fazer, mas o predileto é quando consegues intercetar um contra-ataque de dois contra um.

 

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? Com sinceridade, vá lá!

Sem dúvida, seria ao melhor jogador do mundo.

 

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25 MAR 2018

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