“Penso que o momento-chave foi quando recuperámos os nossos índices defensivos e atacantes”

O União Sportiva conquistou no passado sábado a terceira Liga Feminina da sua história ao bater a Quinta dos Lombos por 69-67, numa época ainda marcada pela presença do clube açoriano em mais três finais.

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9 MAI 2018

 

Numa altura de balanço, falámos com Ricardo Botelho, treinador do clube de Ponta Delgada.

Agora mais a frio, e até porque já conquistou vários títulos ao serviço do União Sportiva, pergunto-lhe: este título da Liga Feminina teve mais sabor do que noutros anos?

O mais especial talvez tenha sido o primeiro, mas ganhar o campeonato é sempre importante, ainda por cima numa época, como esta, em que tínhamos atingido todas as finais, não vencendo nenhuma.

 

Olhando para a campanha do Sportiva na Liga, acha que houve algum momento-chave?

Entrámos muito bem na temporada, com uma sequência grande de vitórias, mas depois, com a troca forçada de atletas norte-americanas, aliada às lesões da Felicité Mendes e da Sara Djassi, tivemos uma quebra de rendimento. Passámos grandes dificuldades, perdemos alguns jogos, mas a partir daí a situação voltou a melhorar com a recuperação das nossas atletas e com a boa integração da Jaterra Bonds. Penso que o momento-chave foi esse, quando recuperámos os nossos índices defensivos e atacantes.

 

Sempre houve a convicção no União Sportiva de que mesmo com um plantel menos profundo, por exemplo em comparação com a Quinta dos Lombos, as hipóteses de vencer o campeonato eram altas?

Sim, sempre houve essa convicção. Perdemos três finais por poucos pontos e tínhamos o objetivo ser campeões, assim como ganhar os outros pontos altos, infelizmente perdidos. Quanto à questão do plantel ser mais reduzido ou não, devido a motivos financeiros apostámos em apenas seis jogadoras, mas atenção porque as outras atletas trabalharam muito, foram peças importantes ao longo de toda a época. Estamos a falar de jovens da nossa formação que não têm hipóteses de disputar uma competição intermédia, porque não a há, passam logo de Sub16 para seniores, e isso torna as coisas difíceis. Mas eu sempre disse ao longo do ano que a nossa meta passava por vencer todos os jogos, independentemente da profundidade do plantel.

 

Apontando já para a próxima temporada, é objetivo do Sportiva apostar forte na competição europeia? Haverá muitas mexidas no plantel?

O União Sportiva irá construir uma equipa competitiva na próxima época, isso é um dado adquirido. Se vamos ou não entrar nas competições europeias, o clube ainda não tomou uma decisão, depende das conversações com os patrocinadores para ver se será viável a nossa participação. Na minha opinião, tendo uma equipa com a qualidade necessária, é muito importante participar, caso contrário é preferível não nos aventurarmos e apontar o foco apenas para as provas nacionais. Relativamente à composição do plantel, vamos começar agora a pensar no assunto, ver quem poderá sair e ficar, ver quem poderemos ir buscar, portanto ainda é muito prematuro dar uma resposta.

 

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9 MAI 2018

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