“Fomos uma equipa muito consistente desde o primeiro momento”

Vem aí a aguardada final da Liga Placard, à melhor de cinco jogos, entre UD Oliveirense e FC Porto, sendo que a primeira partida está agendada para as 21h30 deste sábado, com transmissão na FPB TV.

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9 JUN 2018

 

Em entrevista à FPB, Moncho López, treinador dos “dragões”, projetou este grande duelo, vincando que a sua equipa tem revelado consistência ao longo de toda a temporada.

O FC Porto surge nesta final depois de eliminar o Benfica, na "negra", no Pavilhão Fidelidade. Em termos motivacionais este pode ser um grande estímulo para a sua equipa? 

Honestamente, em termos motivacionais não tem nenhuma influência o número de jogos necessários para vencer a meia-final. Podiam ter sido três, quatro ou cinco, e também um outro adversário, que a motivação e a lógica nestas situações seriam aquelas que toda equipa sente quando marca presença numa final de campeonato.

 

O FC tem dado mostras de grande evolução, surgindo num momento de forma muito positivo nesta altura da temporada. Quais as principais razões que explicam esta subida de rendimento? 

Discordo absolutamente com o enunciado da pergunta, porque a equipa tem mostrado desde a pré-época um nível de jogo que me satisfaz mais que qualquer das oito épocas anteriores em que já sou treinador do FC Porto. Desde o primeiro momento temos sido competitivos, como demonstra a boa campanha europeia com quatro vitórias, a presença na Final Four da Taça Hugo dos Santos, a presença na Final 8 da Taça de Portugal e agora a presença na final dos Playoffs; acho que não estou enganado se disser que somos a única equipa do país a marcar presença nestes pontos altos. Se o entrevistador fizer uma análise objetiva dos diferentes itens estatísticos que refletem o rendimento de uma equipa, poderá observar que fomos uma equipa muito consistente desde o primeiro momento, até agora. Se o que interessa é um comentário simplista dos resultados, também pode verificar que as séries de vitórias/derrotas não diferem do acontecido nos Playoffs, mas é verdade que a diferença para épocas anteriores é que não temos conquistado nenhum título e, neste sentido, qualquer conhecedor da modalidade percebe que a diferença entre uma vitória e uma derrota nem sempre tem a ver com o “momento de forma ou subida de rendimento”, como foi perguntado. 

 

Segue-se a UD Oliveirense, líder da Fase Regular, e que esta temporada bateu o FC Porto nos cinco duelos já realizados. O que é que a sua equipa terá de fazer de diferente para reverter a situação? 

Desde o primeiro jogo da época contra a Oliveirense, o nosso grupo de atletas assumiu que não se trata de fazer de diferente, mas sim de fazer melhor. Somos uma equipa com comportamentos técnico-táticos muito característicos e conhecidos pelo nosso adversário, o que nos obrigará a jogar com um rigor, concentração e esforço mais elevados do que nos jogos anteriores frente a eles, e isso mesmo vamos fazer. 

 

A condição de líder da Oliveirense dá-lhe algum favoritismo ou pensa que os pratos da balança pesam o mesmo? 

A história do campeonato diz que o líder da fase regular não tem garantido o título de campeão nos Playoffs. Eu acho que todo o favoritismo que a Oliveirense merece prende-se com o talento do seu plantel e a consistência do seu jogo ao longo da época, sendo irrelevante a posição na tabela classificativa; se queremos dar valor à classificação são três vitórias de diferença, e não cinco, o que determina maior favoritismo de um lado e outro, porque cinco são as derrotas da Oliveirense no campeonato e oito as do FC Porto. Do nosso lado, somos FC Porto, somos obrigados a assumir o favoritismo em todas as provas nacionais, independentemente de qualquer outra circunstância, e fazemos isso com naturalidade e confiança. 

 

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9 JUN 2018

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