“Enquanto oliveirense, ganhar um título pelo clube era um objetivo que sempre esteve presente”

O atleta de 27 anos abordou ainda o seu momento de forma e o futuro do campeão.

O que significa para ti, enquanto oliveirense, ter contribuído ativamente no primeiro título nacional da história do clube?

Em primeiro lugar, enquanto oliveirense, era um objetivo que sempre esteve presente na minha vida desde que comecei a jogar basquetebol aos 8 anos e, principalmente, a partir de 2003, após a terceira final perdida consecutivamente. Em segundo lugar, enquanto atleta, era uma conquista pela qual lutei toda a minha carreira profissional, pois era um troféu que nunca tinha conquistado. Portanto, tudo somado, ser o meu primeiro campeonato a jogar por um clube que me formou e que também conquistou o primeiro campeonato da sua história torna tudo muito mais especial e inesquecível.

A teu ver, quais foram as principais razões que ditaram este sucesso? A Oliveirense cumpriu um trajeto limpo nos Playoffs.

Um dos fatores foi a humildade que tivemos durante todo o ano, no sentido em que entrámos literalmente em todos os jogos com o pensamento que só seria fácil se o tornássemos fácil e se nunca menosprezássemos qualquer adversário. Outro fator foi a ambição pois, mesmo não olhando ninguém de cima para baixo, fomos acreditando que o nosso melhor era suficiente para vencer qualquer equipa. Por último, e talvez o mais importante, a união da equipa. Uma palavra tão pequena e um conceito tão simples, mas que é tão difícil de conquistar, e nós conseguimos criar isso fora do campo para depois usar a nosso favor, dentro do campo.

Realizaste uma grande temporada, com um rendimento constante. Sentes-te no teu melhor momento de forma de sempre?

Eu tenho uma opinião um pouco controversa em relação ao rendimento ou momento de forma de um jogador. Pessoalmente, penso que já estive ao nível que joguei este ano em épocas anteriores mas, ou porque a equipa onde estava não ganhou tantas vezes, ou porque os números estatísticos foram inferiores nessas épocas, acabam por afirmar que o momento do jogador não foi assim tão positivo. A estatística é importante, mas não é tudo, e por vezes não reflete a realidade. Contudo, uma coisa em que senti a diferença desta época para todas as outras e que nada tem a ver com estatística pessoal foi a preponderância que tive num plantel com tanta qualidade. Sabia que tinha capacidade para alterar a mentalidade dos meus companheiros e, consequentemente, o resultado do jogo.

E quanto ao futuro? Pensas que a Oliveirense tem condições para iniciar um ciclo de sucesso?

A conquista deste título é um impulsionador e uma oportunidade única para afirmar o clube como uma das melhores equipas nacionais e, com tempo, trabalho e sensatez, talvez o mesmo possa melhorar e subir um patamar de cada vez para que este momento de sucesso perdure por muitos e muitos anos.