“Por enquanto sinto-me mais próximo de formar jogadores, não tanto equipas”

Aos 40 anos, Hugo Lourenço, figura indelével da história do BCR nacional e o mais bem sucedido jogador português fora de portas, voltou a competir após as duas épocas intermitentes que se seguiram à sua retirada internacional.

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13 JAN 2019

O Sporting CP/APD Sintra agradece, pois o salto de qualidade dado pela formação sintrense é inegável, como corrobora o registo imaculado na presente época. O poste ex-Mideba Extremadura e antigo internacional português refuta, contudo, a possibilidade de regressar à Seleção, ressalvando que o objetivo passa por “poder desfrutar do gostinho e da adrenalina da competição”.

Eis a segunda parte da entrevista.

 

Nota: Foto de Rita Taborda

 

Esperemos que seja um cenário a longo prazo, mas vir a ser treinador está nos teus planos?

 O mais próximo que me sinto dessa função é quando tenho oportunidade de partilhar conhecimentos com jogadores novos e principalmente quando são jovens. Sempre me deu muito prazer participar e contribuir para a sua formação e evolução. É a minha forma de estar e de ser e acaba por ser inevitável partilhar os meus conhecimentos com os que me rodeiam. Quanto a ser realmente treinador… o futuro o dirá, não descarto, por enquanto sinto-me mais próximo de formar jogadores, não tanto equipas.

 

Dos jogadores com que te tens cruzado nesta época, há algum a quem reconheças potencial para outros voos?

Como disse atrás, o nível lá fora está cada vez mais exigente e isso faz com que seja cada vez mais difícil sair para as principais ligas europeias. Existem jogadores jovens com potencial, sim, mas ou têm a oportunidade de ir viver para fora por outros motivos e depois então integrar outros campeonatos, ou então terão de trabalhar muito mais para estar num nível para que os clubes europeus possam fazer propostas. Basta ver a dificuldade que alguns excelentes jogadores portugueses tiveram e têm para conseguir ser profissionais em países como Espanha ou Itália. A exigência é enorme e o nível é muito elevado… e com o nível competitivo do nosso campeonato é extremamente difícil conseguir “dar o salto” e ser bem sucedido. Não quero com estas palavras desmotivar ninguém, pelo contrário, quero sim apenas transmitir o quanto é necessário trabalhar para o conseguir e que é fundamental que façam esse percurso baseados no seu próprio empenho e trabalho.

 

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13 JAN 2019

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