“Man Out” a Márcio Dias

Nesta edição do “Man Out”, centramos o foco no percurso de Márcio Dias, capitão da Seleção Nacional de BCR e da APD Braga, dono de um palmarés invejável, repleto de títulos nacionais e de uma passagem de êxito na vizinha Espanha. Por lá, evidenciou-se com a camisola do Servigest Burgos, ao serviço do qual se distinguiu no ano da subida como MVP da Primera División, 2.º escalão, emprestando também criatividade e explosão ao jogo da equipa de Castela e Leão, na División de Honor, patamar mais alto do país. Pela Seleção Nacional, participou em seis Campeonatos da Europa, onde se revelou particularmente influente na prova de 2015, que devolveu Portugal à Divisão B.

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12 DEZ 2019

 

Nota: Foto de Ladislav Hajek

 

Data de nascimento: 11-09-1980

Ano de iniciação: 1993

Posição: Poste

Clube: APD Braga

Palmarés: 4 vezes Campeão Nacional, várias vezes vencedor da Taça de Portugal e Supertaça, Vencedor da 2.ª Divisão Espanhola, Melhor Marcador Nacional em múltiplas edições do campeonato.

Jogo da tua vida (e porquê): Em 2015, ao serviço da Seleção Nacional, o jogo contra a Finlândia que deu o apuramento para subir a divisão B. Foi um jogo decidido por detalhes que brilhou para o nosso lado.

 

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?

Começava por explicar tudo o que conseguimos fazer com a cadeira de rodas (claro que usava fotos para justificar o que estava a dizer), baseando-me na minha experiência e mostrando todo o trabalho realizado em volta dos treinos, quer dentro, quer fora do campo, para podermos competir ao mais alto nível.

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?

Tem vários atletas que eu admiro, mas o que mais me fascina me causa é o Patrick Anderson, considerado o melhor do mundo.

Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR.

Nunca pensei em fazê-lo, mas aconteceu. Fui contactado para participar numa gala do desporto na categoria de figura pública para a entrega de um prémio. Normalmente, vou receber um prémio, dessa vez fui entregar. Adorei.

Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito?

Eu gosto particularmente do jogo rápido e a velocidade é o meu forte. Gosto de recuperar um ressalto defensivo e utilizar a velocidade, “fintar” vários adversários e terminar com um cesto completamente isolado.

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”?

Gostava de fazer “Man out” ao Filipe Carneiro, mas como é meu colega de equipa isso não vai ser possível nos próximos tempos. É um atleta muito rápido e é preciso muita perícia para conseguir fazer Man Out.

 

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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

 

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12 DEZ 2019

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