“Man Out” a Marco Francisco

Ao longo dos seus 22 anos de carreira, Marco Francisco envergou as cores de um só emblema, a APD Leiria, que ajudou a colocar no olimpo do BCR nacional, em 2009, quebrando a era das equipas da Grande Lisboa. Até aí, o GDD Alcoitão, a APD Lisboa e a APD Sintra compunham o lote de vencedores do campeonato. Marco Francisco reputa o duelo com os sintrenses, que coroou a APD Leiria campeã nacional, pela primeira vez, o jogo da sua vida, onde vieram à tona as suas virtudes mais distintivas: a extrema afinidade com o cesto, de qualquer posição ou distância, o passe fácil e a persistência, independentemente do grau da adversidade ou desafio. Representou, em 2010, a Seleção Nacional no Campeonato da Europa da Divisão B, disputado na cidade de Brno, República Checa. É ele o protagonista da rubrica "Man Out".

Competições
14 MAR 2020
Data de nascimento: 1981
Ano de iniciação: 1998
Posição: Poste
Clube: APD Leiria
Palmarés:  3 títulos de campeão nacional, 2 Taças de Portugal e 1 Supertaça
Jogo da tua vida (e porquê): contra a APD Sintra, na época 2008/2009, em que nos sagrámos, pela primeira vez, campeões nacionais. Foi um título muito ansiado e muito importante, não só para mim, como para a equipa.
Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas? 
O BCR é um desporto fantástico, onde o coletivo é mais importante do que o individual. É um desporto bastante físico e de grande entreajuda. A maioria das pessoas não tem noção da intensidade e garra com que se joga BCR. O BCR começou com a finalidade de integrar as pessoas com deficiência no mundo do desporto, mas agora vai muito além do simples desporto lúdico. Existem atletas em Portugal que pretendem fazer deste desporto a sua profissão. Contudo, não é uma tarefa fácil! Existem excelentes jogadores e campeonatos, lá fora, bastante competitivos.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti? 
As minhas referências como jogadores são aqueles que me rodeiam. Por isso, as minhas referências são os meus colegas de equipa da APD Leiria, que me ajudam a evoluir cada dia neste desporto.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR. 
O momento mais caricato que me recordo é, talvez, aquele que considero o meu melhor cesto. Foi num torneio em Braga, onde, debaixo do cesto, mando a bola com efeito contra o chão e marco dois pontos.
Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito? 
O movimento que mais gosto de fazer é atrair os adversários para mim e deixar um dos meus colegas livres para lhe passar a bola. Se esta for passada por trás das costas, é a cereja no topo do bolo.
Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? 
Aquele a quem eu gostaria de fazer o “Man Out” é quem mais tem contribuído para nos dar as melhores condições possíveis para a prática do BCR, o enorme Manuel Sousa. Obrigado, Manel, por tudo!
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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.
Competições
14 MAR 2020

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