Recordar a Festa do Basquetebol Juvenil
Maria Kostourkova, Miguel Maria Cardoso e Emília Ferreira em discurso direto
Associações | Atletas | Festa do Basquetebol
7 ABR 2020
Em condições normais esta semana estaríamos em Albufeira a celebrar a 14.ª edição do maior evento nacional do desporto juvenil, a Festa do Basquetebol. No entanto, face às circunstâncias atuais, não deixamos de relembrar uma das semanas mais marcante na carreira de qualquer jovem basquetebolista que passou pelo Algarve. Falamos com Maria Kostourkova, Miguel Maria Cardoso e Emília Ferreira, internacionais lusos que esta temporada experienciaram diferentes realidades, mas que em comum partilham as memórias das “Festas”.
A internacional portuguesa Maria Kostourkova é a primeira a recordar uma das fases da época que considerava mais importante na sua formação: “Para mim, a Festa do Basquetebol é sempre uma das melhores partes do ano. Além do primeiro ano, tive a sorte de disputar as próximas quatro finais e a cada ano que passava aparecia sempre mais público para ver os jogos. Tive sempre sensações inesquecíveis”.
Sem destacar um momento em específico, a importância do companheirismo foi sempre fator determinante para participar na Festa: “Estive sempre rodeada por companheiras de equipa e treinadores fantásticos. Quando a isto se junta a competição, torna-se numa das melhores experiências que se pode viver no basquetebol português”, lembra. Apesar do fim de época antecipado e de atribuição do título da Liga eslovena ao ZKK Cinkarna Celje, Kostourkova considera que a primeira experiência como profissional foi importante para evoluir como atleta: “Trabalhei com um treinador incrível, que me ajudou bastante. Fico feliz com o trabalho que fizemos durante a época regular, mas muito desiludida por não poder lutar pelo título”, refere.
Já Miguel Maria Cardoso, tem gravada na memória a vitória na final do torneio de Sub16 masculinos em 2009, contra a seleção da AB Setúbal: “O momento que mais me marcou foi jogar a final e vencê-la com o pavilhão cheio. Também destaco a viagem entre Porto e Algarve”, conta. “Quando os mais novos me pedem uma opinião sobre a Festa do Basquetebol transmito sempre esta ideia. Estão perante um evento inesquecível, que merece ser desfrutado ao máximo com os companheiros de equipa”, destaca o base da Seleção Nacional que esta temporada representou o CB Almansa, da LEB Ouro.
Embora desejasse terminar a temporada, o camisola #1 da equipa das quinas, entende que a prioridade é recuperar, fazendo um balanço positivo da época de estreia em Espanha: “A prioridade é ultrapassarmos esta fase junto daqueles que mais gostamos para tudo voltar à normalidade. Individualmente realço o meu crescimento. Provei a mim mesmo que posso jogar num campeonato como o da LEB Ouro”, acrescenta.
Para Emília Ferreira, “o nervoso miudinho, a ansiedade e a viagem de comboio com as restantes comitivas” são memórias que guarda com saudade sempre que se fala em Festa do Basquetebol. Além do muito público, a poste que esta época vestiu a camisola do Sinergia Real Canoe N.C., não esconde a importância das “Festas” para a evolução dos jovens: “Um evento destes tem um peso grande para a formação de um jogador jovem. É nesta semana que os mais novos são postos à prova”, analisa.
Com o sentimento de dever cumprido, depois da primeira experiência fora do País onde ajudou a formação madrilena a estabelecer-se na Liga Femenina 2, a internacional portuguesa considera que evoluiu: “Foi um ano de crescimento. Estava no Real Canoe de forma profissional, a treinar duas vezes por dia. Isto fez com que me sentisse mais apta. Ajudou-me a estar mais preparada do ponto de vista físico e mais disponível dentro de campo”, conclui.