“Em Linha” com Fernando Lemos

Treinador do GDD Alcoitão

Competições | FPB | Treinadores
28 MAI 2020

A ligação à vertente convencional do jogo é de longa data, na qual, ao serviço do CA Queluz, obteve múltiplos êxitos, mas em 2018 surgiu em cena novo desafio: treinar a equipa de BCR do GDD Alcoitão. Treinador experiente, Fernando Lemos aborda a etapa recente com orgulho e garante que esta representa um veículo de aprendizagem. 

Ano de iniciação como treinador: 1991 (2018 no BCR)
Clubes/seleções orientados: CA Queluz, AB Lisboa, GDD Alcoitão
Palmarés: 1 vez campeão nacional de Sub16; 1 Taça Nacional Sub14; 1 Festa do Minibasquete (Sub12); 3 vezes campeão distrital de Lisboa Sub14, 3 vezes Campeão Distrital de Lisboa Sub16; 1 vez campeão distrital de Lisboa de Sub18
Jogo da tua vida: Talvez o jogo em que me sagrei campeão nacional de Sub16, numa Final Four em que a partida decisiva foi com o FC Porto, e na qual ganhámos por 17 pontos. Todos tinham tido no equilíbrio a nota dominante e, contra todas as expectativas, a minha equipa esteve brilhante e conseguiu uma vitória folgada, num jogo praticamente perfeito.
Resumo do percurso no desporto: CA Queluz – 1991-presente – treinou todos os escalões de formação e a equipa sénior em 2 épocas. Em 2019/20 foi treinador dos Sub14 e coordenador técnico do clube; Selecionador Distrital de Lisboa Sub12 – 2016/17 (conquista das Festas do Minibasquete). GDD Alcoitão – 2018/2019 – presente – participação numa Final Four da Taça de Portugal.
Que mensagem dirigias a um treinador hesitante em treinar BCR?
Dizia para assistir a treinos, observar um jogo, de forma a poder aperceber-se da beleza do BCR e a entender o esforço desenvolvido por todos os agentes para que a modalidade se afirme de uma vez por todas na sociedade, não como algo “autónomo” ou “satélite”, mas como parte integrante do basquetebol. Depois, que não tivesse receio de trabalhar, pois o ambiente que se vive no seio do BCR é muito salutar. Por último, dizia que o desafio em encontrar respostas para a constante evolução destes atletas é altamente encorajador, para também nós técnicos continuarmos a aprender e evoluir.
Quais os treinadores que exercem maior fascínio sobre ti e porquê? 
O mais importante para mim, pelo facto de ter tido a honra e o prazer de com ele trabalhar diretamente, como adjunto, nos meus primeiros anos de treinador, foi San Payo Araújo, a quem muito devo pela aprendizagem que me proporcionou. Destaco a sua humildade, capacidade de trabalho e o enorme amor ao jogo! Quero também destacar todos os treinadores que vim encontrar no BCR, pelo seu trabalho, dedicação e enorme qualidade, que também me tem permitido evoluir nesta nova etapa que abracei.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por treinar BCR. 
Ainda não tenho muitos. Destaco as perguntas curiosas que algumas pessoas que tenho levado a assistir a jogos me têm colocado, como um caso de uma pessoa que quando viu um atleta meu, após ter caído da cadeira, levantar-se pelo próprio pé e sentar-se novamente, me disse que o meu jogador era batoteiro, porque afinal andava e não devia jogar numa cadeira de rodas! Claro que de seguida lhe tive de explicar as patologias e a elegibilidade de cada atleta, mas foi curioso!
Quais as competências que consideras essenciais para ser um treinador de sucesso?
Em primeiro lugar, gostar muito do que faz, pois só com paixão poderá alcançar o sucesso. Depois três qualidades que considero decisivas: humildade, sentido de justiça e perseverança.
Em linha, a defesa que todos os treinadores querem, mas poucos conseguem. Qual a receita para lá chegar?
Muito trabalho e esforço, aliado ao domínio perfeito das técnicas de cadeira e à boa condição física. A defesa em linha é uma grande arma, pois permite à equipa que a consegue interpretar corretamente, colocar em dificuldade o ataque contrário. Para finalizar, deixo uma frase muito conhecida: “O ataque ganha os jogos, a defesa ganha os campeonatos!”.
Competições | FPB | Treinadores
28 MAI 2020

Mais Notícias