“Man Out” a Christophe da Silva

Categorizado atleta nacional de BCR

Atletas
16 JUN 2020

Christophe da Silva descobriu o basquetebol em cadeira de rodas em 2009, mas só chegaria ao “radar” da Seleção Nacional a partir de finais de 2016. Com o traquejo adquirido ao serviço do CS Meaux, pelo qual se sagrou campeão francês em 2017, o extremo viu recompensado o afinco e o caráter coletivo do seu jogo com duas participações em Campeonatos da Europa.  

Data de nascimento: 06/11/1982
Ano de iniciação: 2009
Posição: extremo/base
Clube: CS MEAUX (França – Nationale A)
Palmarés: Campeão de França – 2017
Jogo da tua vida (e porquê): CS Meaux 64-68 Bilbao BSR– Andre Vergauwen 2017 (estatística aqui) Perdemos por pouco contra uma grande equipa. Foi um jogo de alto nível e muito intenso.
Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como o “vendias”?
Antes do meu acidente, não conhecia este desporto. Desde que pratico, todas as pessoas que o conheceram, adotaram-no de imediato e começaram a segui-lo. É um desporto aberto a toda gente (em vários países, a participação está aberta a pessoas sem deficiência. Em Portugal, essa circunstância está restrita à 2.ª Divisão), não é preciso ter uma deficiência para praticar, e é um ótimo momento de partilha. As regras são semelhantes à versão convencional e o espetáculo é igualmente impressionante. A melhor maneira de ficar fã é ver pelo menos uma partida ou sentar-se numa cadeira. A partir daí, só podemos amar a modalidade.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti? 
Tive a chance de jogar com grandes jogadores e contra os melhores. É difícil nomear alguém em particular, mas os que realmente me ajudaram a crescer nesta modalidade são Otias Pliska, Audrey Cayol, Samir Goutali e Mario Farasman.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR. 
Durante uma sessão de consciencialização sobre a prática do BCR, com professores de Educação Física e treinadores de clubes do desporto convencional, quando testaram a modalidade, tiveram a impressão de inverter os papéis. Eles tornaram-se as pessoas com deficiência e eu a pessoa dita “normal”.
Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito? 
Gosto de castigar a defesa adversária, fazendo o “comboio”*, para que o jogador que me segue possa marcar à vontade.
Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? 
Gostava de fazer “Man Out” ao Márcio Dias, capitão da nossa Seleção e jogador com muita experiência.
* Comboio ou “seal” – movimentação caraterística do BCR, geralmente materializada pelo jogador de baixa pontuação e/ou estatura, que prescinde de atacar uma vantagem numérica pelos cânones habituais para efetuar um bloqueio em movimento e permitir que o seu colega o acompanhe nas costas, alcançando deste modo uma posição próxima do cesto.
Atletas
16 JUN 2020

Mais Notícias