“Man Out” a Miguel Reis

Jovem promessa do Basket Clube de Gaia

Atletas
22 JUN 2020

Miguel Reis iniciou-se há três anos no BCR, pelo Basket de Clube de Gaia, mas rapidamente despertou a cobiça de outras equipas e envergou a camisola da APD Paredes esta época. Versátil e com um reportório técnico interessante, ameaça distinguir-se como um dos principais jogadores de pontuação 4.0 em Portugal.  

Data de nascimento: 19/01/2000
Ano de iniciação: 2017
Posição: Poste
Clube: BCG
Palmarés: Participação nos EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude – de 2019
Jogo da tua vida (e porquê): Sem dúvida alguma, nos Jogos da Juventude na Finlândia, contra a Irlanda. Fez-me crescer a nível pessoal e como jogador. Foi também o jogo que me fez perceber que o nível lá de fora não era inalcançável.
Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas? Primeiramente, expressava a minha paixão pelo jogo e explicava no que consiste; em seguida só lhe diria que só jogando se percebe o porquê de ser a modalidade paralímpica rainha.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti? 
Neste momento, há três jogadores em Portugal que exercem fascínio em mim. O primeiro, o Pedro Bártolo, pela sua riquíssima experiência e maneira de jogo; também não só por ser meu treinador, como mentor, que me aponta sempre para a direção certa; depois o Márcio Dias, uma grande fonte de inspiração, pois é aquele nível que quero alcançar e superar; por último, mas não menos importante, Hugo Lourenço, não só por ser um poste formidável, como também um dos jogadores mais criativos que já vi a jogar e isso é algo que eu gostava de ter no meu jogo.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR. 
Mais uma vez na Finlândia, nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude, como praxe por ser a nossa primeira competição internacional, tivemos os nosso cabelos cortados com cortes engraçados e isso deu uma luz e uma união enorme ao grupo.
Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito? 
Seria o U-turn. Sendo bastante útil, é para mim um dos movimentos bases que todos os jogadores deveriam ter; gesto seria o lançamento, aquela sensação de a bola a deslizar pelos dedos e a entrar no cesto não há igual; e por último, o momento seria logo o início do jogo, onde ambas as equipas batalham para saber quem vai sair na frente na primeira parte do jogo e tudo está ainda em equilíbrio.
Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? 
Sem dúvida alguma, seria ao Pedro Bártolo. No dia que o conseguir, terei superado o meu (eu) jogador atual.
_______________________________________________________________________
O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.
Atletas
22 JUN 2020

Mais Notícias