A medalha de bronze nas Universíadas foi conquistada há um ano

Momento histórico do basquetebol português recordado por Inês Viana e Ricardo Vasconcelos

Seleções
10 JUL 2020

O dia 10 de julho de 2019 entrou para a história do basquetebol nacional graças à conquista inédita da Seleção Universitária de Sub25 femininos, que há precisamente um ano fez história nas Universíadas de Nápoles, conquistando a medalha de bronze diante do Japão.

 

A Seleção orientada por Ricardo Vasconcelos alcançou o pódio da prova organizada pela Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU), garantindo o bronze e a melhor classificação de uma Seleção europeia na 30.ª edição das Universíadas de Verão.

 

Num percurso marcado por vitórias sucessivas, a equipa das quinas apenas perdeu diante da campeã Austrália (49-56) quando tentava o acesso à final. Na derradeira partida que decidia a medalha de bronze Portugal superou-se e, após um parcial de 18-1 no prolongamento, conseguiu bater a congénere nipónica por 76-59.

A aniversariante Inês Viana, uma das protagonistas da Seleção Universitária, não deixou de recordar o emocionante e atribulado jogo do 3.º e 4.º lugar: “Foi um dia especial para mim, como todos os 10 de julho, e não podia acabar de outra forma. Estávamos nervosas e recordo-me que até me esqueci da minha credencial para o jogo no quarto do hotel.

 

No entanto, a motivação era elevada, sabíamos que para ganhar tínhamos de estar ao nosso melhor nível, até porque já tínhamos jogado com o Japão nas Universíadas de Taipei de 2017”, lembrou. Quanto ao prolongamento, a base da portuguesa recordou o esforço da equipa e o apoio vindo das bancadas: “Demos tudo o que tínhamos, deixámos suor, lágrimas e o coração dentro de campo! As bancadas estavam cheias e o apoio dos portugueses foi muito bom. Foi a melhor prenda de anos que recebi até hoje”, concluiu.

 

Já o Selecionador Nacional e também timoneiro da equipa universitária portuguesa, Ricardo Vasconcelos, não deixou de recordar a exigência do embate com o Japão, referindo que a medalha é a concretização do investimento no basquetebol feminino em Portugal: “Acima de tudo foi um momento histórico e bonito de uma geração que junta talento e capacidade de trabalho.

 

Ganhamos ao Japão que é sempre uma equipa muito disciplinada, com um basquetebol diferente daquele que jogamos na Europa. O bom arranque no prolongamento deu-nos confiança para acreditarmos que a medalha era possível. Fiquei muito satisfeito porque foi a concretização de um trabalho que já vinha sendo feito de alguns anos para cá. Foi um trabalho de muitos anos, de várias gerações e de muito investimento no basquetebol feminino. Foi uma medalha merecida e que nos deixa orgulhosos”, vincou.

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10 JUL 2020

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