“Man Out” a Alberto Baptista

Atleta com longo trajeto no bassquetebol em cadeira de rodas

Atletas
17 SET 2020

Com um longo trajeto no basquetebol em cadeira de rodas nacional, Alberto Baptista empresta agora a sua competitividade e saber às cores da recém-formada Lousavidas, conjunto de Lousada a participar nas provas oficiais pela segunda vez. Veloz e assertivo nas imediações do cesto, o extremo/poste portuense será um dos atletas em evidência na 2.ª Divisão.

Data de nascimento: 26 de janeiro de 1971
Ano de iniciação: 1980/81
Posição: Extremo/Poste
Clube atual: Lousavidas
Representou: APD Porto, APD Braga e APD Paredes
Jogo da tua vida (e porquê): Não tenho jogo marcante, pois sempre que entro em campo é o “tudo ou nada” pelo melhor da equipa.

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?
Diria que é uma modalidade onde tens a liberdade para fazer magia com a cadeira e com a bola.

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?
O Sr. António Gordo, homem a quem devo tudo o que sou no desporto, antigo jogador da equipa do GDD Alcoitão. Quando estive no centro de medicina de reabilitação de Alcoitão, foi ele que me meteu o bichinho do basquetebol.

Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR.
Difícil… Ao longo de tantos anos, muitas coisas se passaram: avarias de carrinhas; chegar em cima da hora do jogo e ter de ir trocar de roupa na carrinha; esquecer-me das canadianas numa estação de serviço e ter de as ir buscar na volta; chegar de um jogo muito tarde e o carro estar na reserva, e ter de dormir no veículo até a bomba abrir.

Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito?
Saber que posso contar com o meu colega de jogo para fazer um passe por trás das costas, num contra-ataque rápido, e ele finalizar com sucesso.

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”?
A três jogadores. Hugo Lourenço, jogador muito criativo e com visão de jogo; Márcio Dias, jogador que nunca deveria estar perto da área restritiva, pois aí é cesto na certa; Pedro Bártolo, jogador que quando tem a bola na mão, é muito difícil saber para onde a bola vai. Ou sai um passe pelas costas, um passe que ninguém esprerava ou ainda um lançamento.

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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

Atletas
17 SET 2020

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