“Em Gaia, acho que as pessoas vão ver o verdadeiro Luís”

Luís Domingos, ex-Servigest Burgos, perspetiva o novo desafio com o BC Gaia

Atletas
8 JUL 2021

Luís Domingos, internacional A e Sub22 de BCR, é reforço do BC Gaia para a época 2021/22. O extremo chega do Servigest Burgos, da División de Honor, considerada a melhor liga do mundo, e reencontra-se com Pedro Bártolo, treinador-jogador dos gaienses e seu antigo colega de equipa, no HS Varese (Itália – Série A) e no Basketmi Ferrol (Espanha – Primera División – 2.ª liga).

Residente no Reino Unido, com formação basquetebolística feita no Leeds Spiders, Luís Domingos terá a sua primeira experiência em Portugal.

 

Como avalias a tua passagem pelo Servigest Burgos?

Daria nota muito positiva. Apesar de nem tudo ter corrido como planeado, a época em Burgos deu-me a oportunidade de olhar para o basquetebol com mais realismo e clareza e ajudou-me a compreender que para alcançar o máximo das minhas capacidades, ainda tenho de trabalhar muito no meu jogo. Também me fez perceber o potencial jogador que posso ser. É por isto que vou para Gaia, onde posso aprender e explorar essas capacidades ocultas em mim.

 

Que jogadores mais te fascinaram, entre colegas de equipa e adversários?

Vários jogadores que queria conhecer me impressionaram, mas fiquei mais cativado por jogadores que não conhecia tão bem quanto agora. Por exemplo, na minha equipa, impressionou-me o Martin Arredondo [3.0 – internacional mexicano], não só por ser um bom jogador, mas também pelo colega de equipa que demonstrou ser e pelo espírito de sacrifício para ajudar todos no clube. Tal como o Helder da Silva [2.0 – antigo internacional português; já retirado], outro jogador sempre disposto a ajudar. Outros jogadores como o Mateusz Filipski [4.0 – internacional polaco], Andrzej Macek [1.5 – internacional polaco] e Lee Fryer [4.0 – internacional Sub22 britânico] são fantásticos, alguém que se gosta de ver jogar. Nas equipas rivais, gostei muito do Jhon Hernandez [3.5 – internacional colombiano do Bilbao BSR], Fabian Romo (4.0 – norte-americano do Iberconsa Amfiv Vigo], Omid Hadiazhar (4.0 – internacional iraniano do BSR Valladolid) e basicamente de toda a equipa do BSR Ace Gran Canaria, entre outros da liga. Contudo, não fiquei particularmente impressionado por jogadores como o Terry Bywater [4.5 – internacional britânico do CD Ilunion] e Matt Scott [3.5 – internacional norte-americano do Mideba Extremadura] pelas expectativas que tinha em relação a eles, uma vez que não fizeram uma grande temporada, a meu ver.

 

O que te fez aceitar o convite do BC Gaia?

Aceitei a proposta de Gaia por várias razões, mas a principal foi o Pedro Bártolo, que me ajudou no passado, ao levar-me para a minha primeira experiência internacional e profissional em Itália e, no ano seguinte, para Ferrol. Depois ter uma realizado uma época em Burgos que foi única e memorável, sinto-me preparado e entusiasmado para partilhar as coisas que aprendi com os jogadores jovens de Gaia e ajudar o Pedro Bártolo e o Bruno Silva [técnico adjunto do BC Gaia e preparador físico da Seleção Nacional].

 

Quais as tuas expectativas individuais e coletivas para a próxima época?

São sempre altas quando tens bons jogadores como o Pedro Bártolo e jovens, e não tão jovens, jogadores que estão a provar terem qualidade e podem dar ainda mais à equipa. As minhas principais expetativas são comigo mesmo e com o que acredito ser positivo para a equipa. Será um grande e bom desafio para mim, tendo em conta que nas minhas equipas anteriores fui aquele jogador que faz, essencialmente, trabalho sem bola. Agora em Gaia, penso que as pessoas vão ver o verdadeiro Luís. Os objetivos são lutar por cada jogo, independentemente do adversário, desde que se respeite quem está do outro lado e se confie na nossa capacidade e trabalho árduo. Penso que podemos fazer coisas interessantes.

 

Portugal jogará o Campeonato da Europa B/C (misto) em 2022. Em que papel sentes que poderás ajudar a Seleção Nacional?

O meu papel na Seleção Nacional e no clube é dar sempre 100% para ajudar a equipa a vencer. Contudo, nunca me senti tão preparado para representar a Seleção como agora, até porque vou estar próximo de todos e ter alguns dos selecionáveis na minha equipa (Gaia) dá-me confiança e vontade para fazer melhor.

 

Atletas
8 JUL 2021

Mais Notícias