Seleção nacional de 3×3 de BCR realizou estágios em Gaia e Mealhada

Tendo em vista a criação da seleção nacional de 3×3 de BCR, decorreram duas concentrações nos feriados de 1 e 8 de dezembro, em Vila Nova de Gaia e Mealhada. Portugal aposta também nesta vertente da modalidade e avista já a participação em vários eventos internacionais, previstos para 2023, ainda sem data definida, em Madrid, Roma, Atenas e Lisboa.

Ibrahim Mandjam – 4.0 -, poste da APD Sintra, manifesta o seu contentamento pela presença nos trabalhos, bem como pela conclusão do processo de naturalização, que lhe permitirá representar a camisola nacional em grandes palcos. “É uma alegria, depois de vários estágios, sem poder participar nas competições. Agora que está resolvido, dá mais vontade de trabalhar para tentar conquistar o meu espaço”, afiança.

Por sua vez, o técnico Ricardo Vieira expressa a satisfação pelo trabalho desenvolvido e pela sintonia no grupo. “Esta mescla de jogadores mais experientes com menos experientes está a surtir um efeito, que nos está a superar as expectativas”, confessa o técnico, antes de enaltecer as virtudes desta vertente do jogo. “É uma experiência muito boa, principalmente para aqueles treinadores que gostam do jogo com contacto, pressão e reações rápidas”, remata.

Na mesma linha de pensamento, o treinador Daniel Pereira mostra-se convicto da adesão à modalidade. “Os atletas vão-se adaptar rapidamente. Temos excecionais atletas, que se vão empolgar nesta vertente e as coisas vão fluir garantidamente”.

José Miguel Gonçalves – 3.0 -, extremo/base da APD Braga, aborda a necessidade de adaptação. “Aqui temos muito pouco tempo para trabalhar o 2×2 e as ajudas. Os jogadores mais altos vão ter de assumir rapidamente a posição de bloqueio, e os jogadores baixos atirar mais rapidamente”, resume o internacional A. A opinião é partilhada pelo novato da equipa, estreante nas categorias seniores, João Castro – 2.0 -, 18 anos, jogador do BC Gaia. “É importante a altura para conseguirmos o ressalto mais facilmente e, ao mesmo tempo, um bom lançador, porque em 12 segundos não dá tempo para muita coisa”, explica.

Igualmente debutante, Fernando Lemos, treinador do GDD Alcoitão que integra a equipa técnica, discorre sobre os desafios do 3×3. “Está a ser extremamente enriquecedor ver a alegria dos atletas em poderem trabalhar uma nova vertente, estando habituados a jogar 5×5. Agora terão de simplificar processos e ajustar aquilo que os treinadores designam ação-reação”, afirma.