Hugo Maia: “O novo projeto valida ainda mais a minha pretensão de continuar”

Com o primeiro estágio da seleção nacional de seniores BCR como ensejo, escutamos as palavras do capitão Hugo Maia. Aos 44 anos, previsivelmente a caminho da nona participação em campeonatos da Europa, garante não procurar recordes, mas não traça limites de longevidade. “Não persigo nenhum recorde ou número de participações em específico. Enquanto tiver capacidade física e tempo para a trabalhar, com um nível de BCR que sinta que ainda pode acrescentar algo, fazer a diferença em alguns momentos e dar um bom contributo à nossa seleção nacional de BCR, cá estarei. O novo projeto valida ainda mais a minha pretensão de continuar”, afiança.

A missão de capitanear a seleção não lhe é estranha, uma vez que já compunha o trio a quem era confiada a tarefa, composto e liderado por Márcio Dias, então coadjuvado por Hugo Maia e Pedro Bártolo. Sobre o papel, o jogador do GDD Alcoitão valoriza o timing para o seu desempenho, bem como o reconhecimento da equipa técnica e pares. “Temos neste momento um grupo muito interessante de jogadores, em que misturamos a experiência de alguns com a qualidade e irreverência de outros. Poder liderar, incentivar, encaminhar e acima de tudo ajudar, sejam eles jovens na sua idade ou na experiência a este nível, é uma grande responsabilidade, que recebo com muito gosto e entusiasmo”, afirma.

A concentração inaugural deste ciclo europeu, que culminará com a presença no campeonato da Europa C este verão, deixou galvanizado o mais veterano do elenco. “É um privilégio poder trabalhar com o Óscar Trigo e o Javier López. Recorda-me a experiência da campanha com a Inês Lopes e o Nils em 2010. Todo o planeamento do estágio fazia sentido, a carga física, a conjugação com o trabalho de cadeira, de lançamento, o crescendo do trabalho tático, fosse ele defensivo ou ofensivo”, resumiu, sem esquecer a predisposição demonstrada por todos perante os métodos e formas de trabalho introduzidos.

“O grupo de jogadores escolhido tem abertura muito positiva para aprender e evoluir. Saio deste estágio com uma satisfação enorme e uma ideia clara que, independentemente da falta de experiência internacional de uma boa parte do grupo, podemos e vamos chegar muito longe”, rematou.