Jorge Marques nomeado para o Campeonato da Europa C de BCR
Juiz de Lisboa avança para a sua terceira prova internacional de BCR
Competições
4 SET 2023
Jorge Marques está entre o lote de juízes nomeados para apitar o Campeonato da Europa C de BCR, onde Portugal participa de 18 a 24 de Setembro, em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina. Após a obtenção do estatuto de árbitro internacional em Toulouse, no mês de Março, no grupo B da Euroliga 2, e a experiência na etapa de qualificação europeia, em Múrcia, no final de Abril, chega agora a oportunidade de integrar uma competição de selecções.
Em entrevista à FPB, o mais recente dos árbitros internacionais portugueses revelou que encara o desafio de apitar o Europeu C como nova fonte de aprendizagem e vaticina um bom resultado para a selecção nacional.
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
Tendo em conta que sou internacional há cinco meses, este é mais um grande momento de aprendizagem e crescimento enquanto árbitro de basquetebol e principalmente de BCR. Tratando-se de uma competição de selecções, espero aprender outras formas de abordagem a uma competição internacional e ao tipo de jogo em si. O facto de ter oportunidade de arbitrar várias selecções diferentes motiva-me imenso, pois terei a possibilidade de absorver os variados estilos de jogo.
2 – De que forma a experiência em Múrcia te fez melhor árbitro?
A competição em Múrcia deu-me oportunidade de perceber melhor o ambiente de uma competição internacional de clubes, bem como de preparar de maneira diferente a abordagem aos jogos, dada a responsabilidade que me foi atribuída ao ser árbitro principal em dois dos quatro jogos. O facto de poder efectuar jogos de equipas espanholas foi um grande acréscimo nesta experiência, dada a abordagem tácita e dos contactos.
3 – Em que aspectos achas que deves/podes evoluir?
Entendo que ainda tenho vários pontos frágeis como árbitro BCR, contudo espero que, com a participação no ECMC, poder trazer uma melhor utilização da mecânica a três, análise dos contactos, nomeadamente no crossing e converging (com e sem bola) e uma leitura mais consistente das jogadas efectuadas pelas equipas.
4 – Da tua perspectiva da arbitragem internacional de BCR, o que é fundamental importar para o nosso jogo e para os nossos atletas?
A permissividade do contacto praticado nas competições estrangeiras e internacionais. Penso que não podemos almejar a evolução se continuarmos a arbitrar, no caso dos árbitros, e a reclamar, no caso dos jogadores, pequenos contactos que não são relevantes. Lembro-me das primeiras faltas que assinalei no jogo da prova de internacionalização em Toulouse (Qualificação Eurocup 2), em que o Sofyane Mehiaoui (seleção francesa) me disse “… estás numa prova internacional, não podes apitar estes contactos …”, e a partir desse jogo tive sempre esta frase em mente para tomar as melhores decisões para o jogo.
5 – Por último, seria um óptimo sinal não apitares a final. Como vês as possibilidades da selecção nacional?
O facto de não arbitrar a final poderá significar muita coisa, contudo, gostava que a razão fosse a nossa selecção estar presente nesse jogo. Não me consigo pronunciar muito sobre as possibilidades da nossa selecção, dado o desconhecimento de algumas das selecções presentes na competição. Contudo, vejo com bons olhos a subida para a divisão B, dado o trabalho desenvolvido, a entrega dos intervenientes e uma nova mentalidade/abordagem ao jogo trazida pelo novo seleccionador. Sairei certamente orgulhoso da competição se a nossa selecção atingir os seus objectivos.