Ângelo Pereira: “Para mim, é obrigatório alcançar o primeiro lugar na divisão C”
Base/extremo da APD Lisboa, de 24 anos, é um dos mais experientes do grupo, apesar da tenra idade
Atletas | Competições
13 SET 2023
Ângelo Pereira, um dos mais prolíficos atiradores nacionais, vai disputar o seu quarto Campeonato da Europa, de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. O “benjamim” da edição de 2017, na qual protagonizou uma estreia memorável, justificando o rótulo de um dos mais talentosos jogadores da nova geração do BCR português, surge no lote de eleitos com maior maturidade e capacidade de gerir os ritmos de jogo, sem perder o “faro” pelo cesto a que habituou os seguidores da modalidade, muitas vezes bem para lá dos 6,75m.
Número: #8
Palmarés: Finalista vencido Taça de Portugal, finalista vencido Supertaça, Medalha de Bronze nos EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022
Referências na modalidade: Hugo Lourenço e Jorge Almeida. A nível internacional, Patrick Anderson, Steve Serio, Gregg Warburton e Phill Pratt.
Jogos da tua vida: A estreia com a selecção no Europeu de 2017, em que fui o melhor marcador. O jogo contra a França nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019, em que levámos uma tareia e sofremos uma pressão campo inteiro. Não tínhamos capacidade de reacção. Mudou a nossa forma de trabalhar.
Europeus passados (ou provas de seleções anteriores): Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019 e 2022, ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022.
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
Ganhar o Europeu. Do ponto de vista individual, procurar ter o máximo de minutos e fazer o meu melhor, enquanto estiver lá dentro, e também, quando estiver no banco, ajudar os meus colegas. Para mim, é obrigatório alcançar o primeiro lugar na divisão C. Quero ter a sensação de chegar ao ouro.
2 – É o teu quarto Europeu. Em que aspetos evoluíste e podes dar mais à seleção?
Ganhei mais experiência, tenho a capacidade de acalmar e compreender o jogo, apoiar os meus colegas mais jovens e sem presença em Europeus, casos do Alexandre [Conde], João Castro e Ibra[him] Mandjam. Ainda tenho o nervoso miudinho antes dos jogos, mas já estou mais calmo. Ainda me lembro do meu primeiro jogo, em que não conseguia sair do balneário com o nervosismo.
3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Sou melhor no ataque. Um atirador, bom a decidir, a ver o jogo e a fazer aquele passe no último instante. Tenho de melhorar a nível defensivo.
4 – Até onde gostavas de chegar com a seleção?
Vencer a divisão C, subir da B para a A e ficar na A. Gostava de estar lá em cima no topo e experimentar a sensação dos melhores jogos.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da selecção?
Têm uma mentalidade diferente, vieram da divisão A e sabem o que é competir na elite. Podemos ver na televisão, mas sentir, jogar a esse nível é totalmente diferente.