Jorge Marques: “O feedback dos avaliadores foi bastante positivo”

Juiz de Lisboa comentou a sua prestação e experiência no Campeonato da Europa C de BCR

Competições
29 SET 2023

Depois da Euroliga 2 e da etapa de qualificação em Murcia, Jorge Marques fez a estreia em Europeus. O jovem árbitro de BCR integrou o lote de juízes nomeados para o ECMC 2023, Campeonato da Europa C, no qual a selecção nacional viria a alcançar a desejada promoção à divisão B. Provavelmente, só a meritória campanha da equipa das quinas e a qualificação para o derradeiro encontro da prova travaram uma eventual escolha de Jorge Marques para apitar a final, já que a IWBF confiou no árbitro português para alguns dos embates mais exigentes da prova: a meia-final a opor Chéquia e Irlanda, o jogo de atribuição da medalha de bronze entre Bulgária e Irlanda ou a partida da fase de grupos que colocou frente a frente Chéquia e Bulgária (com um marcador extremamente equilibrado – 61-59).

À FPB, Jorge Marques manifestou a sua satisfação pela participação no Campeonato da Europa C e salientou a possibilidade de acompanhar de perto, pela primeira vez, o percurso da selecção nacional numa grande competição, com especial ênfase para a emocionante meia-final em que Portugal superou a Bulgária.

1 – Como avalias a experiência no ECMC 2023?

Foi uma excelente experiência para mim, dado que foi uma grande oportunidade de crescimento como árbitro de BCR. As condições de trabalho foram excepcionais, por exemplo, estavam na competição dois observadores de grande nível que nos davam feedback logo após os jogos com clips das situações mais interessantes para a melhoria de cada árbitro. Além disso, foi uma oportunidade de arbitrar com árbitros que já estiveram em vários mundiais e jogos Paralímpicos, que partilharam de forma incondicional o seu apoio e experiência.

2 – Qual foi o feedback obtido junto dos avaliadores?

O feedback dado pelos avaliadores foi bastante positivo. Apesar de nem em todos os jogos ter conseguido entregar ao jogo a melhor arbitragem, os avaliadores consideraram que demonstrei um grande crescimento durante a competição, merecendo desta forma a confiança para arbitrar a meia-final, Chéquia x Irlanda, e o jogo da medalha de bronze, Bulgária x Irlanda.

3 – Qual o jogo mais difícil de apitar e gerou mais desafios?

O jogo mais desafiante e difícil foi Chéquia x Bulgária (dia 2 – grupo B), pois foi um jogo bastante físico e espalhado ao longo do campo. A dificuldade do jogo estava na própria cobertura do jogo, bem como em equacionar o equilíbrio do critério (faltas a sancionar vs. vantagem / desvantagem), para garantir a fluidez do jogo. Foi também um desafio acrescido neste jogo ter sido árbitro principal, situação que me colocou alguma pressão, pois sabia que era um dos melhores jogos da competição.

4 – Como foi viver de perto o feito da subida da selecção nacional à divisão B?

Para mim foi um momento novo poder viver de perto o percurso de uma selecção nossa ao longo de um europeu. Ainda mais experienciar o momento emocionante e inesquecível quando soou o fim do cronómetro durante o jogo da meia-final contra a Bulgária que ditou a nossa subida. Lembrarei para sempre o momento em que dei um abraço ao Pedro Bártolo, que me retribuiu com as seguintes palavras: “Esta vitória também é tua!”.

Quanto ao percurso da nossa selecção, penso que na fase de grupos era bastante previsível a vitória no grupo, até porque o adversário directo (Irlanda) tem um estilo de jogo idêntico a Portugal. Temia, no entanto, pelo jogo contra a Bulgária (meia-final), dado que era uma equipa com um estilo de jogo completamente diferente, ou seja, uma equipa que procura bastante contacto, mas a nossa selecção superou o desafio com distinção!

 

 

 

 

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29 SET 2023

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