GABINETE TÉCNICO A formação contínua – MARCOS COUTO

Gostaria de aproveitar este meu regresso à vossa companhia para vos falar do bom trabalho que a Associação de Basquetebol da Ilha Terceira e o seu gabinete técnico têm vindo a desenvolver no campo da formação contínua de treinadores.

Associações
20 OUT 2005

Com efeito nos últimos anos a A.B.I.T. tem proporcionado aos seus treinadores momentos de discussão e reflexão conjunta que muito beneficiam a evolução da modalidade.

O modelo escolhido foi simples. Cada clube através do seu corpo técnico apresenta um tema relacionado com a modalidade aos colegas dos outros clubes. O tema é posteriormente alvo de uma discussão aberta entre todos os presentes. Os temas apresentados, vão desde o trabalho físico ao trabalho técnico e táctico. Este ano coube ao Angra Basket a apresentação de dois temas, sendo que a minha escolha recaiu sobre um tema do foro físico e outra do foro táctico. Assim e no campo físico irei reflectir com os meus colegas sobre “ A influência dos radicais livres na prestação desportiva dos atletas e os benefícios da elevação do limiar anaeróbio na equipa de basquetebol”. No campo técnico o tema a abordar será a “defesa mista”. Sobre estes dois temas, demasiadosespecíficos e provavelmente pouco interessantes para simcomo leitor, apenas gostaria de tecer duas considerações : Começando pelo primeiro tema realço a importância que cada vez maior da fisiologia no processo de treino de hoje em dia. Com efeito longínquo vai o tempo em que o treino se baseava exclusivamente no que conhecemos como “Leis do treino”, para as quais Matwayew deu um contributo decisivo. Hoje em dia mais do que leis que padronizam o sistema de trabalho com os grupos é necessário atenderás respostas fisiológicas que o organismo tem ás cargas ou seja, a uma determinada carga externa ministrada no treino corresponde uma carga interna, que resulta de uma resposta do organismo ao “choque” que lhe foi infringido. É esta resposta interna e fisiológica que cada vez mais temos de atender no processo de treino, bem como ao seu carácter individual. Os“radicais livres” são uma parte muito pequena desta resposta e é sobre este tema que pretendo dar o meu muito modesto contributo. Muito embora conhecidos desde há muito a real importância dos “radicais livres” só muito recentemente começa a ser alvo de vastos estudos. A sua influencia vai, por exemplo, desde o corpo humano ao clima. A segunda consideração vai para o trabalho táctico da defesa mista. No nível competitivo onde o clube que oriento se encontra, Pró-Liga, a componente táctica tem um papel fulcral. Neste caso a táctica defensiva. A defesa mista é mais uma arma que pretendo utilizar para atingir os objectivos a que o clube se propôs no inicio da presente época. A escolha deste tema não foi fruto do acaso, com a sua apresentação pretendo conseguir algum contributo dos meus colegas no sentido de melhorar o trabalho até agora desenvolvido, de forma a optimizar mais esta “arma” defensiva. Como podem ver os encontros de formaçãointerna continua tem um papel de destaque para aquele que espero seja o sucesso das nossas equipas que militam nos nacionais da modalidade.Tendo nós “Ilhéus” o grande handicap da insularidade, este parece-me um bom modelo de quebrar algum do isolamento a que estamos sujeitos. Sem dúvida, julgo que seria um bom modelo de formação, entre outros, a seguirpelas diferentes associações de modalidade.

Associações
20 OUT 2005

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