Obrigado Luís Taborda

Quantas vezes, quando estamos a ensinar nos deparamos com situações em que as crianças não conseguem executar o que pretendemos, porque não compreendem o que lhes estamos a transmitir?

Fruto da experiência sei quando uma criança, mais cedo ou mais tarde, vai ser capaz de executar o que lhe está a ser pedido. Quando a sua expressão facial acusa que fez mal, ou quando interrompe o que vai fazer, porque tem consciência que não está a fazer correctamente, interiorizou, como costumo, o professor. Neste momento, mais cedo ou mais tarde a dificuldade vai ser resolvida.Vem estas considerações a propósito do que aprendi em Trancoso com o Luís Taborda. Depois de ter assistido a uma acção de formação em Celorico da Beira, onde exemplifiquei o exercício da “rotação”, (ver artigo “Gigante e anão inspiram a rotação”), fui convidado a fazer uma acção de formação em Trancoso. No referido exercício eu colocava a atenção das crianças sobre o pé eixo e depois mandava-as rodar para a frente ou para trás, sendo eixo o pé que eu definia em voz alta. O número de crianças que não percepcionavam o que era rodar para a frente e rodar parar trás, nem com a demonstração, era bastante elevado. Não percebiam ou que lhes era solicitado.Quando estive em Trancoso percebi que o Luís Taborda tinha alterado as indicações deste exercício, colocando o enfoque sobre o pé que avança ou recua, com a imagem de “Dá um chuto com o pé direito”, (rodar sobre o pé esquerdo para a frente), ou “Dá um toque de calcanhar com o pé direito”, (rodar sobre o pé esquerdo para trás). Como é sabido, uma imagem vale mais do que muitas explicações. A partir da acção de formação que fiz em Trancoso recorro, às indicações que aprendi com o Luís Taborda e as dificuldades que sentia para ensinar as rotações para a frente e para trás desapareceram. Obrigado Luís Taborda.